São Paulo, quarta-feira, 25 de maio de 2011

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OUTRO LADO

Jornalista agiu sob forte emoção, sustenta defesa

DE BRASÍLIA

Na tarde de ontem, a reportagem da Folha entrou em contato com o escritório da advogada do jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves, Maria José da Costa Ferreira, para comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), mas foi informada de que ela estava em reunião em Campinas (a 93 km de São Paulo).
A informação concedida foi a de que a advogada voltaria no final da tarde de ontem. Mas, mesmo após deixar recado, a reportagem não recebeu resposta até o fechamento da edição.
A defesa sempre criticou e tentou anular o julgamento.
No julgamento em Ibiúna, no qual Pimenta Neves foi condenado a 19 anos de prisão, a defesa do jornalista argumentou que ele agiu sob forte emoção ao matar Sandra Gomide.
Para pedir uma nova análise do caso, a defesa alegava que o jornalista não teve garantido o seu "pleno direito de defesa" e que os jurados foram induzidos por alguns questionamentos apresentados na época.
O principal argumento era o fato de o tribunal ter negado um pedido para ouvir como testemunha sua ex-mulher, que vivia nos EUA.
Pimenta Neves chegou a recorrer ao TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), mas teve o pedido negado.
Conseguiu, porém, em 2006, uma primeira redução de sua pena, de 19 para 18 anos de prisão -o fato de o jornalista ter confessado o crime foi um atenuante.
Em 2008, no STJ (Superior Tribunal de Justiça), conseguiu redução para 15 anos.
Pimenta Neves pediu a anulação do julgamento no STF. Esse pedido já havia sido negado pelo ministro Celso de Mello e foi confirmado pelo tribunal ontem.


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