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POLÍCIA
Quadrilha recebia encomendas por telefone e abastecia traficantes
Polícia Federal apreende em São Paulo 896 kg de maconha
da Reportagem Local
A Polícia Federal prendeu ontem em Taubaté (interior de São
Paulo) uma quadrilha que comandava uma espécie de disque-maconha.
O grupo se especializou em receber encomendas da droga por
telefone e entregá-la, de moto, a
traficantes do Vale do Paraíba
(SP) e Baixada Fluminense (RJ).
Com os cinco suspeitos detidos -entre eles a mãe de um
dos acusados- foram apreendidos 896 kg de maconha. A droga estava acondicionada em pacotes de cerca de 2 kg.
Também foram apreendidos
um Monza, seis motos e uma
Kombi branca de uma empresa
de distribuição de pães e torradas. Segundo a PF, foi a maior
apreensão de maconha feita este
ano no Estado pelo órgão.
De acordo com o delegado Gilberto Tadeu Vieira, da assessoria de imprensa da PF, a informação sobre a quadrilha partiu
de uma denúncia por telefone.
Agentes da PF permaneceram os
últimos 15 dias em Taubaté para
prender os suspeitos.
Diógenes Ferrete de Oliveira,
28, Gilberto Rodrigues, 48, Reinaldo de Oliveira Santos, 29,
Adauto Alves de Jesus, 24, e Izolete Ferrete de Oliveira, 45 (mãe
de Diógenes), foram presos com
a droga em uma casa na rua Cinderela, no bairro de Burilândia.
A PF informou que todos os
suspeitos se negaram a prestar
depoimento. Disseram que irão
falar somente em juízo.
Segundo o delegado Francisco
Baltazar da Silva, titular da delegacia de entorpecentes da PF, a
droga era entregue de moto a
pessoas responsáveis por pontos
de distribuição de drogas.
"Cada entregador levava, em
média, 5 kg de maconha para cada dono de "boca de fumo". Essa
quadrilha, atacadista, abastecia
os revendedores", disse Silva.
Segundo ele, a droga vinha do
Paraguai. A quadrilha, por sua
vez, encomendava a droga de
acordo com a sua demanda.
Baltazar disse que a quantidade apreendida era suficiente para abastecer os clientes da quadrilha por cerca de uma semana.
De acordo com o delegado, as
investigações começaram há 41
dias em São Paulo. Ele disse que,
antes de chegar ao destino final,
a droga passava pelo ABCD paulista.
A Kombi apreendida pertence
a uma distribuidora de alimentos, mas a PF diz não ver ligação
entre a quadrilha e essa empresa. "Aparentemente, o veículo
era utilizado por um dos suspeitos, que era empregado dessa
empresa, para fazer a entrega da
droga, sem o conhecimento do
empregador", afirmou Vieira.
(ANDRÉ LOZANO)
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