São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2004

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Secretário elogia projeto do Estado

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário municipal da Saúde, Gonzalo Vecina, disse ontem que o Farmácia Popular, programa federal implantado em São Paulo há duas semanas, é uma alternativa até os governos conseguirem garantir todos os medicamentos nas farmácias dos postos de saúde, que distribuem as drogas de graça para a população.
O Farmácia Popular foi um dos destaques do setor de saúde no balanço apresentado ontem. O programa federal implantou 17 estabelecimentos no país -uma dezena na capital paulista. Todas vendem remédios a baixo custo.
Na segunda-feira, sem qualquer planejamento com a prefeitura, o governo estadual lançou outro programa, o Farmácia Dose Certa, que distribui de graça remédios nas estações de metrô. Vecina elogiou a iniciativa.
 

Folha - O que o senhor achou de o Estado implantar o projeto sem planejamento com a prefeitura?
Gonzalo Vecina -
Não ter planejamento é uma questão. Acho fantástico que faça isso [o projeto]. Acho muito positivo. Assistência farmacêutica é um buraco sem fundo. Não temos nenhum projeto adequado para a assistência farmacêutica em 100% da cidade. É um problema sem saída.

Folha - O senhor é a favor da venda de medicamentos para pacientes do SUS?
Vecina -
Eu sou a favor enquanto não tivermos uma política para 100% [da população]. Não tem dinheiro para 100%. A venda é uma alternativa. O pensamento cartesiano nos informa que isso pode ser um equívoco. Mas acho que várias alternativas têm de dar conta desse problema.

Folha - A prefeitura tem aumentado o orçamento da área de remédios. Mas quanto seria o ideal para que eles não faltem?
Vecina -
No Brasil não há um estudo que diga qual é o consumo per capita de medicamentos a que a população deve ter acesso.

Folha - E qual é a solução para não vendê-los?
Vecina -
Seria criar um projeto de assistência farmacêutica como o de assistência hospitalar. O projeto nosso é ter os medicamentos nas unidades [básicas]. O fato de não conseguir tê-lo não significa desistir de tê-lo.


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