São Paulo, domingo, 25 de junho de 2006

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Para psicóloga, trabalhador deve ver recompensa

DA REPORTAGEM LOCAL

"O tempo no trânsito não pode ser visto como um tempo perdido. Ele tem que ser incorporado à vida, e a pessoa tem que avaliar por que fez essa escolha, a recompensa que ela tem", diz a psicóloga Neuza Corassa, sobre a forma como os trabalhadores, para não estressar, deveriam encarar as horas gastas no caminho do serviço.
Segundo Corassa, há motoristas que ficam pouco tempo num congestionamento e se irritam mais do que outros que gastam horas nessa condição.
A irritação aumenta os riscos de acidentes e os comportamentos violentos no trânsito, diz Corassa, autora do livro "Síndrome do Caracol, Seu Carro: Sua Casa sobre Rodas".
A redução do tempo a caminho do serviço passa pela melhor distribuição das moradias e dos empregos, além da priorização do transporte coletivo.
"Os ônibus andam muito devagar. É muito ruim principalmente para quem mora na periferia, onde falta emprego", afirma Eduardo Vasconcellos, especialista em transporte.
Ele considera alta a quantidade de trabalhadores que demoram mais de uma hora para ir ao trabalho, mas acredita que não seja muito diferente em outras grandes metrópoles.
Em São Paulo, pesquisa origem/destino do Metrô, de 2002, apontava que a duração média de todas viagens (não apenas ao trabalho) dos mais pobres era de 31 minutos, contra 27 minutos dos mais ricos.


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