São Paulo, quinta-feira, 25 de julho de 2002

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ESTRADAS

É a segunda mudança na política de tarifas às vésperas de eleições; acordo prevê duplicação da Raposo Tavares

Alckmin reduz em até 50% pedágio da Castello por 18 meses

DA REPORTAGEM LOCAL

Por 18 meses, a tarifa de pedágio das marginais da rodovia Castello Branco, em São Paulo, terá um desconto de até 50,2% para quem aderir ao sistema de cobrança eletrônica (o Sem Parar). O desconto começa a partir de 1º de agosto.
O desconto será progressivo, a partir de 2%, e o maior será dado para quem usar a rodovia pelo menos 40 vezes por mês. O desconto será concedido apenas a partir da décima viagem. Para quem não aderir ao sistema, a tarifa continua sendo R$ 3,50.
Se a administradora da rodovia, a Viaoeste, não arrecadar R$ 104 milhões em 18 meses nesses pedágios, o governo estadual terá que deduzir o prejuízo do valor mensal que a empresa paga pela concessão. O governo diz acreditar que o número de usuários deva aumentar com o desconto.
Também pelo acordo, a Viaoeste retomará as obras de duplicação da rodovia Raposo Tavares entre os km 34 (Cotia) e km 95 (Sorocaba) a partir do mês que vem. O trecho até Vargem Grande do Sul (km 45) será concluído até março de 2004, e o restante, até o final de 2005, informou Silvio Minciotti, diretor-geral da Agência Reguladora de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp).
Moradores de Barueri, de Carapicuíba, de Osasco e dos condomínios de Alphaville e de Tamboré fizeram ontem manifestação em frente à Artesp, no Itaim Bibi (zona oeste), contra o acordo, que, segundo eles, só beneficiaria uma minoria.
Eles fizeram desde a implantação do pedágio vários protestos. Em junho, usaram moedas de R$ 0,01 para pagar a tarifa, provocando congestionamento.
O coordenador do movimento, Angelo Rizzo, 52, diz que, em razão do rodízio de veículos em São Paulo, os trabalhadores não vão poder ter o desconto de 50,2%, já que não devem usar a estrada cinco vezes por semana por mês, o que somaria (ida e volta) 40 vezes.
A decisão de ontem é a segunda mudança na política de pedágios da gestão Geraldo Alckmin (PSDB) às vésperas das eleições. No fim de junho, o Estado congelou a elevação da tarifa de pedágio em estradas de pista simples.



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