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SEGURANÇA
Projeto de lei que proíbe o porte de armas reaquece debate sobre o tema
Desarmamento volta a ser discutido
DA REPORTAGEM LOCAL
O projeto de lei que proíbe o
porte de armas para particulares,
aprovado anteontem no Senado,
reanimou o debate sobre a questão do desarmamento da sociedade. O projeto também marca para
outubro de 2005 a realização de
um referendo em que a população decidirá se a venda para particulares deve ser suspensa definitivamente, como prevê o texto. Não
há ainda uma data exata de votação na Câmara dos Deputados.
O diretor regional da ANPCA
(Associação Nacional dos Proprietários e Comerciantes de Armas), Misael Antônio de Souza,
52, afirma que não há nenhuma
indicação de que a restrição à posse de armas vá reduzir a criminalidade. Para ele, tirar a arma do cidadão significa aumentar o poder
de fogo da delinquência, pois os
bandidos não registram nem obtêm porte de arma.
"No dia em que saírem de circulação as armas de fogo, se não
houver mudança na educação do
povo, a violência continuará com
outros instrumentos", disse.
Karina Sposato, 28, diretora-executiva do Ilanud (Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e
Tratamento do Delinquente),
pondera que o fácil acesso à arma
é ingrediente agravante da violência. Segundo Sposato, pesquisas
demonstraram que a maioria das
mortes de jovens entre 15 e 25
anos na América Latina ocorreu
com arma de fogo.
Ela cita os bairros pobres da zona sul, em que há alta violência e
grande índice de arma em poder
do cidadão comum.
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