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São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2003

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SEGURANÇA

Projeto de lei que proíbe o porte de armas reaquece debate sobre o tema

Desarmamento volta a ser discutido

DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de lei que proíbe o porte de armas para particulares, aprovado anteontem no Senado, reanimou o debate sobre a questão do desarmamento da sociedade. O projeto também marca para outubro de 2005 a realização de um referendo em que a população decidirá se a venda para particulares deve ser suspensa definitivamente, como prevê o texto. Não há ainda uma data exata de votação na Câmara dos Deputados.
O diretor regional da ANPCA (Associação Nacional dos Proprietários e Comerciantes de Armas), Misael Antônio de Souza, 52, afirma que não há nenhuma indicação de que a restrição à posse de armas vá reduzir a criminalidade. Para ele, tirar a arma do cidadão significa aumentar o poder de fogo da delinquência, pois os bandidos não registram nem obtêm porte de arma.
"No dia em que saírem de circulação as armas de fogo, se não houver mudança na educação do povo, a violência continuará com outros instrumentos", disse.
Karina Sposato, 28, diretora-executiva do Ilanud (Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para a Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente), pondera que o fácil acesso à arma é ingrediente agravante da violência. Segundo Sposato, pesquisas demonstraram que a maioria das mortes de jovens entre 15 e 25 anos na América Latina ocorreu com arma de fogo.
Ela cita os bairros pobres da zona sul, em que há alta violência e grande índice de arma em poder do cidadão comum.


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