São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para advogado, grampo não comprova que policial tenha negociado favores

DA REPORTAGEM LOCAL

Antonio Claudio Mariz de Oliveira, advogado de André Di Rissio, declarou ontem que seu cliente não parece negociar favorecimento para terceiros na gravação veiculada pelo "Jornal Nacional", da Rede Globo.
"Soube disso [da acusação] pela televisão. À primeira vista não me parece que ele [Di Rissio] negocia", disse Mariz, que afirmou desconhecer o teor total das escutas. "Soube que há mais duas denúncias do Ministério Público Federal de Campinas contra ele. Mas desconheço quais são. Só saberei do que se tratam nesta semana."
Di Rissio, que está preso desde 29 de junho, já teve negado pedido de liminar contra sua prisão, e aguarda o julgamento do mérito do habeas corpus impetrado por sua defesa no Tribunal Regional Federal.
O advogado Luiz Silvio Moreira Salata, citado nos grampos como um dos favorecidos de Di Rissio, afirmou desconhecer qualquer tipo de interferência do delegado no processo que tramitava no Tribunal de Justiça e que fora trancado.
Ele disse que o pedido que trancou sua ação penal foi impetrado pela OAB-SP. O desembargador Eduardo Di Rissio Barbosa, pai do delegado preso e que também aparece na escuta, não foi localizado.
A assessoria de imprensa do Deic disse à reportagem que procurasse a Secretaria de Segurança Pública do Estado para falar do assunto. O órgão disse que "Di Rissio nunca teve nenhuma influência sobre as decisões do Deic ou as operações policiais e afins."
Nenhum membro da Associação dos Delegados de Polícia do Estado foi localizado. No site da entidade, Di Rissio ainda aparece como seu presidente.


Texto Anterior: Delegado é alvo de nova denúncia
Próximo Texto: Saiba mais: Di Rissio está preso desde 29 de junho
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.