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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/INVESTIGAÇÃO
Infraero pretende reabrir pista principal de Congonhas hoje
Informação foi dada pelo presidente da empresa, José Carlos
Pereira, mas alguns assessores prevêem abertura só amanhã
Brigadeiro ainda anunciou
para a meia-noite de hoje o
início das obras para a
criação das ranhuras
que melhoram aderência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente da Infraero
(empresa que administra os aeroportos do país), brigadeiro
José Carlos Pereira, disse que
espera reabrir ainda hoje para
pousos e decolagens a pista
principal de Congonhas, fechada desde o acidente com o Airbus-A320 da TAM, dia 17.
"Espero abri-la amanhã [hoje]", disse Pereira. Já assessores do brigadeiro prevêem a
reabertura somente para as 6h
de amanhã e asseguram que o
desmoronamento ocorrido na
cabeceira da pista, no início da
noite de segunda-feira, não afeta em nada a sua liberação.
Pereira também anunciou
ontem que as obras para a criação do "grooving" (ranhuras
que ajudam na aderência de aeronaves) na pista principal vão
levar "entre 20 e 47 dias" para
serem concluídas e começam à
meia-noite de hoje.
A idéia é que as obras ocorram simultaneamente nas duas
cabeceiras da pista. A estimativa é colocar ranhuras em 80
metros de pista por dia. A pista
principal de Congonhas foi entregue em 29 de junho sem as
ranhuras, após 46 dias de obras.
Pereira também pediu que os
passageiros tenham paciência
com o governo e cobrem seus
direitos das companhias.
Segundo o Snea (Sindicato
Nacional das Empresas Aeroviárias), as empresas aéreas
chegaram a sugerir à Anac que
a pista principal de Congonhas
permanecesse fechada até a
conclusão dos trabalhos de colocação das ranhuras. Com isso, segundo o sindicato, o prazo
das obras seria de até 20 dias.
Ontem, na mesma entrevista
em que Pereira anunciou a expectativa de reabrir hoje a pista, a Aeronáutica disse que pousos na pista principal de Congonhas em dias de chuva devem ser evitados -a Infraero já
havia anunciado que a pista será fechada nessa situação.
Segundo o brigadeiro Jorge
Kersul Filho, do Cenipa (Centro Nacional de Investigação e
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), essa possibilidade
deve ser evitada enquanto as
causas do acidente com não foram esclarecidas.
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