São Paulo, quarta-feira, 25 de julho de 2007

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TRAGÉDIA EM CONGONHAS/INVESTIGAÇÃO

Infraero pretende reabrir pista principal de Congonhas hoje

Informação foi dada pelo presidente da empresa, José Carlos Pereira, mas alguns assessores prevêem abertura só amanhã

Brigadeiro ainda anunciou para a meia-noite de hoje o início das obras para a criação das ranhuras que melhoram aderência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Infraero (empresa que administra os aeroportos do país), brigadeiro José Carlos Pereira, disse que espera reabrir ainda hoje para pousos e decolagens a pista principal de Congonhas, fechada desde o acidente com o Airbus-A320 da TAM, dia 17.
"Espero abri-la amanhã [hoje]", disse Pereira. Já assessores do brigadeiro prevêem a reabertura somente para as 6h de amanhã e asseguram que o desmoronamento ocorrido na cabeceira da pista, no início da noite de segunda-feira, não afeta em nada a sua liberação.
Pereira também anunciou ontem que as obras para a criação do "grooving" (ranhuras que ajudam na aderência de aeronaves) na pista principal vão levar "entre 20 e 47 dias" para serem concluídas e começam à meia-noite de hoje.
A idéia é que as obras ocorram simultaneamente nas duas cabeceiras da pista. A estimativa é colocar ranhuras em 80 metros de pista por dia. A pista principal de Congonhas foi entregue em 29 de junho sem as ranhuras, após 46 dias de obras.
Pereira também pediu que os passageiros tenham paciência com o governo e cobrem seus direitos das companhias.
Segundo o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), as empresas aéreas chegaram a sugerir à Anac que a pista principal de Congonhas permanecesse fechada até a conclusão dos trabalhos de colocação das ranhuras. Com isso, segundo o sindicato, o prazo das obras seria de até 20 dias.
Ontem, na mesma entrevista em que Pereira anunciou a expectativa de reabrir hoje a pista, a Aeronáutica disse que pousos na pista principal de Congonhas em dias de chuva devem ser evitados -a Infraero já havia anunciado que a pista será fechada nessa situação.
Segundo o brigadeiro Jorge Kersul Filho, do Cenipa (Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), essa possibilidade deve ser evitada enquanto as causas do acidente com não foram esclarecidas.


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