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Para FAB, pista nova sem ranhuras é escorregadia
JOSÉ ERNESTO CREDENDIO
RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL
Novos pavimentos de pistas
dos aeroportos sem "grooving"
-ranhuras para drenar água e
aumentar aderência de pneus,
que a Infraero começa a aplicar
hoje em Congonhas-, são consideradas ""superfícies escorregadias" em documento da Aeronáutica, que orienta teste de
pouso em condições de chuva.
A especificação está na Norma de Serviço IAC 3502-121,
que normatiza a licença para
aviões pousarem sob chuva.
A falta de ranhuras em Congonhas é apontada por pilotos
como uma das causas de derrapagens, o que a Infraero nega.
A estatal afirma, com base
em parecer parcial do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), que a superfície da pista
principal de Congonhas atingiu
os índices aceitáveis de atrito
mesmo sem as ranhuras.
Para Infraero e Cenipa (órgão da FAB que investiga acidentes aéreos), o "grooving" é
só um adicional de segurança.
A eficiência, porém, do
"grooving" nas pistas de Congonhas foi atestada no mestrado do engenheiro Oswaldo
Sansone Rodrigues Filho. Em
trechos de pista sem ranhuras,
o índice médio de atrito era de
0,46, número que ele considerou "significativamente inferior" aos 0,68 a 0,71 dos pontos
onde havia "grooving".
"Resultados indicaram claramente benefícios do "grooving"
para melhorar as condições de
atrito", escreveu, na tese.
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