DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O advogado Fernando Massei, que defende o delegado Orivaldo Baptista Sobrinho, disse ontem que seu cliente "não tem envolvimento" com os fatos em apuração pela Polícia Federal.
Massei disse que no interrogatório do seu cliente, feito pelo delegado da PF Marcílio Miranda Zocrato, foram feitas indagações "sobre varreduras" telefônicas e também acerca de contatos que o policial civil tem com os detetives particulares.
Segundo o advogado, o policial negou ter relação com os serviços prestados pelos suspeitos de fazerem interceptações telefônicas ilegais.
O advogado Massei disse que seu cliente negou conhecer Eloy de Lacerda Ferreira, mas admitiu conhecer Francesco Maio Neto. O delegado, porém, disse não ter qualquer relação de negócios com o detetive.
O advogado já havia entrado com pedido de habeas corpus para tentar livrar o delegado Sobrinho da prisão. Massei disse que "seu cliente goza de prestígio na Polícia Civil e sempre foi um policial dedicado e cumpridor dos seus deveres."
Ontem, o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Maurício José Lemos Freire, informou, por meio de nota oficial, que a Corregedoria da Polícia Civil "instaurou apuração preliminar" para saber de quais crimes o delegado Sobrinho é suspeito. Informou ainda que pediu informações sobre o caso à PF de Minas Gerais.
De acordo com Freire, o delegado Sobrinho nunca trabalhou nos setores de inteligência da Polícia Civil.
José Ivo Del Vecchio Galli, advogado de Eloy de Lacerda Ferreira, afirmou que seu cliente nunca fez escutas ilegais e que "ele só ajudava as pessoas a gravarem suas próprias conversas". Galli também disse que Ferreira seria solto ainda na noite de ontem. Os defensores do araponga Francesco Maio Neto não foram localizados pela reportagem. (AC e PP)


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