São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

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Detetive é tido como "agente duplo"

DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O detetive particular Eloy de Lacerda Ferreira é conhecido no submundo da arapongagem no Brasil como um "agente duplo" -isto é, faz o trabalho para quem pagar mais.
Governadores, senadores, deputados, banqueiros, policiais e empresários brasileiros e estrangeiros sempre foram o público-alvo de Ferreira, segundo a Polícia Federal.
Com a prisão dele na quarta-feira, seus clientes temem, de acordo com agentes da PF ouvidos pela Folha, que algumas informações vazem.
Para conseguir clientes, o detetive costuma propagandear ter feito serviços especiais, "como free-lancer", afirma ele, para a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e também para integrantes do alto escalão da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).
O lema dele é "não seja o último a saber", como mostra a capa de seu livro "O Profissional do Segredo" (ed. Celebris). No livro, o detetive aparece no melhor estilo Sherlock Holmes, com direito a cachimbo e lupa.
Em sua casa, na semana passada, a Polícia Federal encontrou uma Ferrari, com preço estimado de R$ 650 mil, e um Mercedes-Benz, avaliado em cerca de R$ 100 mil.
(AC e PP)



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