São Paulo, domingo, 25 de julho de 2010

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OUTRO LADO

Crime em área crítica caiu, diz governo

Secretário-executivo do Pronasci afirma que primeiros resultados do programa ainda estão em fase de consolidação

DE BRASÍLIA

O Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania) está na fase de "consolidar" seus primeiros resultados e, com a inclusão do programa no PAC 2, vai ganhar escala nos próximos anos, diz o secretário-executivo Ronaldo Teixeira.
Além de ter demonstrado como é possível aliar ações de prevenção com investimentos na estrutura policial, afirma Teixeira, o programa apontou saídas para reduzir a quase zero o crime em zonas conflagradas -áreas antes comandadas pelo tráfico.
Pesquisa contratada pelo Ministério da Justiça à FGV (Fundação Getúlio Vargas) para avaliar os efeitos do programa em sete comunidades, publicada em dezembro de 2009, reforça os avanços na segurança, segundo ele.
No Território da Paz de Benedito Bentes, em Alagoas, 92,67% das pessoas disseram que a sensação de segurança melhorou. No Complexo do Alemão-Nova Brasília, Rio, a porcentagem é de 54%.
Uma das causas do sucesso, afirma Teixeira, foi ter conseguido envolver as comunidades e enraizar uma nova forma de relacionamento polícia-morador.
Agora, afirma o secretário-executivo, o caminho é expandir esses resultados positivos para outras comunidades violentas do país.
"O Pronasci ganhou um status nacional, recolheu experiências pelo país e a dimensão necessária para permanecer, qualquer que seja o próximo governo", diz ele.
Com recursos garantidos no PAC 2, haverá verbas para 2.882 postos comunitários, de modelo parecido com as bem-sucedidas UPPs cariocas -ações sociais, centrais de inteligência e monitoramento ligados a frotas de carros e motocicletas.
Isso porque desde o início, diz Teixeira, Lula estabeleceu uma política clara de enfrentamento à violência. "O presidente disse: a União quer partilhar a busca de soluções", afirmou ele.

FUTURO
Outra conquista nesses três anos, diz o secretário-executivo, foi um aumento do patamar nos investimentos da União na segurança.
A partir do próximo governo, diz o secretário-executivo, uma das prioridades será consolidar o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), com formato semelhante ao congênere SUS, da saúde.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)


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