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OUTRO LADO
Crime em área crítica caiu, diz governo
Secretário-executivo do Pronasci afirma que primeiros resultados do programa ainda estão em fase de consolidação
DE BRASÍLIA
O Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública
com Cidadania) está na fase
de "consolidar" seus primeiros resultados e, com a inclusão do programa no PAC 2,
vai ganhar escala nos próximos anos, diz o secretário-executivo Ronaldo Teixeira.
Além de ter demonstrado
como é possível aliar ações
de prevenção com investimentos na estrutura policial,
afirma Teixeira, o programa
apontou saídas para reduzir
a quase zero o crime em zonas conflagradas -áreas antes comandadas pelo tráfico.
Pesquisa contratada pelo
Ministério da Justiça à FGV
(Fundação Getúlio Vargas)
para avaliar os efeitos do programa em sete comunidades,
publicada em dezembro de
2009, reforça os avanços na
segurança, segundo ele.
No Território da Paz de Benedito Bentes, em Alagoas,
92,67% das pessoas disseram que a sensação de segurança melhorou. No Complexo do Alemão-Nova Brasília,
Rio, a porcentagem é de 54%.
Uma das causas do sucesso, afirma Teixeira, foi ter
conseguido envolver as comunidades e enraizar uma
nova forma de relacionamento polícia-morador.
Agora, afirma o secretário-executivo, o caminho é expandir esses resultados positivos para outras comunidades violentas do país.
"O Pronasci ganhou um
status nacional, recolheu experiências pelo país e a dimensão necessária para permanecer, qualquer que seja o
próximo governo", diz ele.
Com recursos garantidos
no PAC 2, haverá verbas para
2.882 postos comunitários,
de modelo parecido com as
bem-sucedidas UPPs cariocas -ações sociais, centrais
de inteligência e monitoramento ligados a frotas de carros e motocicletas.
Isso porque desde o início,
diz Teixeira, Lula estabeleceu uma política clara de enfrentamento à violência. "O
presidente disse: a União
quer partilhar a busca de soluções", afirmou ele.
FUTURO
Outra conquista nesses
três anos, diz o secretário-executivo, foi um aumento
do patamar nos investimentos da União na segurança.
A partir do próximo governo, diz o secretário-executivo, uma das prioridades será
consolidar o Susp (Sistema
Único de Segurança Pública), com formato semelhante
ao congênere SUS, da saúde.
(JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)
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