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PAUTA CHEIA
Relatório divulgado por ONG mostra que só 41% dos projetos abordam políticas públicas e normas da Casa
Nome de rua, datas e medalhas dominam votações na Câmara
DO "AGORA"
Em três anos e meio de atuação,
a Câmara Municipal de São Paulo
aprovou 483 projetos e resoluções, desses, 59% (285) foram leis
que deram nomes a ruas, hinos,
instituíram semanas comemorativas e concessão de prêmios diversos. O restante, 198 (41%), instituiu leis de políticas públicas
com maior impacto na vida da
população e também resoluções
que modificam os regimentos
(normas) internos da Câmara.
Os dados constam do relatório
divulgado ontem pelo movimento Voto Consciente, entidade
apartidária que avalia o desempenho dos ocupantes de cargos legislativos. A entidade também fez
o levantamento dos 25 vereadores
mais atuantes. Todos escolhidos
tentam se reeleger.
Carlos Neder (PT) obteve nota
9,79 entre os 55 integrantes da Câmara e foi considerado o mais
atuante. O pior desempenho foi o
do vereador Humberto Martins
(PMDB), com 2,05. Ele é um dos
três integrantes da atual legislatura que não disputarão a reeleição
-Cláudio Fonseca (PC do B) não
conseguiu legenda e Salim Curiat
(PP) é vice na chapa de Paulo Maluf, candidato do PP a prefeito.
A nota é extraída a partir de cálculos feitos em seis itens diferentes, além da avaliação da própria
entidade. "Nosso intuito é fazer
uma leitura crítica do desempenho do candidato que tenta voltar
à Casa e mostrar essa realidade ao
eleitor", disse Sônia Barboza, 64,
do movimento Voto Consciente.
O resultado deve estar hoje no site
o www.votoconsciente.org.br.
Por meio de sua assessoria, o
petista Arselino Tatto, presidente
da Câmara, informou que há, sim,
importância na aprovação de tais
projetos e resoluções, já que ter
um endereço é um diferencial da
pessoa na hora de preencher uma
ficha para uma vaga de trabalho.
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