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PRODUTO PROIBIDO
Em 99, inseticida contaminou servidores no RS
DA AGÊNCIA FOLHA
DO "AGORA"
Casos de contaminação de funcionários do GHC (Grupo Hospitalar Conceição), em Porto Alegre, em junho de 1999, já haviam
alertado o Ministério Público Federal gaúcho para os riscos do uso
de inseticida à base de clorpirifós.
Ontem, o governo proibiu a
produção, a venda e o uso de 63
inseticidas à base da substância,
que pode causar danos ao sistema
neurológico. A medida atendeu a
uma liminar da Justiça Federal
gaúcha numa ação civil pública
movida pela Procuradoria.
No Tribunal de Justiça de Porto
Alegre, tramitam ações de 147
funcionários que tiveram contato
com o clorpirifós após a dedetização dos 13 postos e do hospital
público que compõem o GHC,
mantido pelo Ministério da Saúde, por intoxicação no trabalho.
Segundo uma das advogadas
que acompanham os processos,
Clarisse Barcelos Lima, as vítimas
obtiveram direito a acompanhamento médico capacitado.
A Procuradoria da República
informou que 143 funcionários
do GHC estão sendo avaliados.
Desses, 33 já haviam sido submetidos a todos os exames e, em dez
casos, ficou "comprovado que os
danos clínicos e psicológicos foram provocados pela contaminação por clorpirifós".
Segundo o assessor jurídico do
GHC, Jarbas Fagundes, as duas
empresas responsáveis pela dedetização foram processadas, mas
"desapareceram do mercado".
Inseticidas cuja produção e venda foram proibidas pela Anvisa
continuam à venda nas prateleiras dos supermercados da capital
paulista. A reportagem visitou
ontem seis estabelecimentos e,
em todos, encontrou pelo menos
um dos produtos proibidos. Segundo a Anvisa, a decisão de impedir a venda não é definitiva.
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