São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

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PRODUTO PROIBIDO

Em 99, inseticida contaminou servidores no RS

DA AGÊNCIA FOLHA
DO "AGORA"

Casos de contaminação de funcionários do GHC (Grupo Hospitalar Conceição), em Porto Alegre, em junho de 1999, já haviam alertado o Ministério Público Federal gaúcho para os riscos do uso de inseticida à base de clorpirifós.
Ontem, o governo proibiu a produção, a venda e o uso de 63 inseticidas à base da substância, que pode causar danos ao sistema neurológico. A medida atendeu a uma liminar da Justiça Federal gaúcha numa ação civil pública movida pela Procuradoria.
No Tribunal de Justiça de Porto Alegre, tramitam ações de 147 funcionários que tiveram contato com o clorpirifós após a dedetização dos 13 postos e do hospital público que compõem o GHC, mantido pelo Ministério da Saúde, por intoxicação no trabalho.
Segundo uma das advogadas que acompanham os processos, Clarisse Barcelos Lima, as vítimas obtiveram direito a acompanhamento médico capacitado.
A Procuradoria da República informou que 143 funcionários do GHC estão sendo avaliados. Desses, 33 já haviam sido submetidos a todos os exames e, em dez casos, ficou "comprovado que os danos clínicos e psicológicos foram provocados pela contaminação por clorpirifós".
Segundo o assessor jurídico do GHC, Jarbas Fagundes, as duas empresas responsáveis pela dedetização foram processadas, mas "desapareceram do mercado".
Inseticidas cuja produção e venda foram proibidas pela Anvisa continuam à venda nas prateleiras dos supermercados da capital paulista. A reportagem visitou ontem seis estabelecimentos e, em todos, encontrou pelo menos um dos produtos proibidos. Segundo a Anvisa, a decisão de impedir a venda não é definitiva.


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