São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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Irmãos ficam sem passeio de bicicleta

DA REPORTAGEM LOCAL

Os irmãos Marcos, 6, e Marcelo, 4, ficaram frustrados ao chegar ao parque Villa-Lobos anteontem. Trazidos pela estudante Camila Rakela, 17, irmã dos garotos, eles pretendiam alugar uma bicicleta e brincar na ciclovia.
O passeio ciclístico, entretanto, não pôde ser realizado porque os locadores de bicicletas -assim como os ambulantes que enchiam a entrada do parque- foram retirados pelo governo estadual no início deste mês.
"A gente até tem uma bicicleta em casa, mas é difícil trazer. Então, preferimos alugar. Não sabia que haviam tirado os locadores", afirmou Camila. Marcos, entretanto, disse que a bicicleta da sua casa é muito pequena e que só o irmão consegue utilizá-la.
Os freqüentadores ouvidos pela Folha desejam a volta do aluguel de bicicletas na entrada do parque. O consultor Marco Galvão, 42, afirma que os locadores deveriam ser liberados e ressaltou que, no Ibirapuera, existem locadores até dentro do parque.
"Eu tenho a minha bicicleta, mas vejo muita gente passeando com os filhos que poderia aproveitar o aluguel. Em São Paulo quase não existem áreas para pedalar", afirmou.
Quem quiser andar na ciclovia do parque atualmente precisa levar a sua bicicleta ou alugá-la em um outro local, distante da área verde. A via exclusiva para o equipamento não foi concluída ainda -ela será ampliada até o próximo ano, prometeu a Secretaria de Estado do Meio Ambiente.
Quando a faixa para bicicletas termina, muitos ciclistas acabam entrando na área onde as pessoas caminham ou correm, o que provoca confusão e aumenta as chances de acidentes.
De acordo com a diretora de projetos de paisagem da secretaria, Helena Carrascosa, a intenção é regularizar o aluguel de bicicletas e as barracas de venda de água de coco e outros alimentos.
"Mas precisa ser feito um processo público [licitação] e definir quantas pessoas ficarão", afirmou. Ela disse que, por isso, não é possível prever quanto tempo levará a regulamentação. Segundo Helena Carrascosa, o objetivo da regularização é atender ao usuário, e não tornar o local um ponto de vendas, como antes.


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