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URBANIZAÇÃO
Com invasores, Parque do Povo será revitalizado pela prefeitura
DO "AGORA"
Sob a resistência de 93 famílias e do circo-escola Picadeiro, a Prefeitura de São Paulo passa a ter oficialmente hoje o direito de exploração do Parque do Povo, uma
área de 110 mil metros quadrados no Itaim Bibi (zona
oeste de SP) ocupada irregularmente há 20 anos.
Localizado em uma região
nobre da cidade -onde o
metro quadrado chega a custar R$ 8.000-, o terreno será
concedido pela Caixa Econômica Federal, por 20 anos, à
administração municipal.
O parque está interditado
desde 26 de janeiro, e a prefeitura tem a permissão para
fiscalizar o local desde outubro do ano passado.
Dos nove clubes de futebol
de várzea que faziam a exploração comercial da área, apenas dois, com o respaldo de
mandados de segurança, não
tiveram as instalações derrubadas pela prefeitura.
O teatro Vento Forte será a
única entidade a permanecer
no espaço. Segundo a Secretaria de Coordenação de
Subprefeituras, ele concederá aulas gratuitas de teatro
para crianças carentes.
"As famílias serão retiradas e receberão um auxílio
de R$ 5.000 da prefeitura para fazer a mudança. Elas são
invasoras e não têm qualquer título de posse das moradias", afirmou ontem o secretário das Subprefeituras,
Andrea Matarazzo.
Ele disse ainda que ofereceu ao circo que ocupa a área
duas opções de terrenos para
que permaneçam por um
ano e meio, até arrumarem
um outro local.
Fechado desde janeiro, o
circo não aceita as opções sugeridas pela prefeitura e afirma estar "sem rumo".
Já as famílias que ocupam
o espaço exigem, cada uma,
R$ 50 mil de indenização para sair do parque, mas a prefeitura informou que já solicitou à Justiça a desocupação da área.
"Vamos investir de R$ 3
milhões a R$ 4 milhões na
revitalização do parque", diz
Matarazzo. Segundo ele, alunos da rede municipal poderão utilizar o espaço para atividades extras. "Será uma
área pública como os outros
parques da cidade", completou.
(DIEGO ZANCHETTA)
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