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Para secretários, déficit histórico torna os repasses insuficientes
DA AGÊNCIA FOLHA
O subfinanciamento histórico para o Nordeste faz com que
o aumento de recursos federais
não seja suficiente para sanar
os problemas da região. Além
disso, os investimentos em serviços de média e alta complexidade ainda são menores em
comparação com o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste. É o que
afirmam os secretários da Saúde da região.
Para o secretário de Alagoas,
André Valente, que conviveu
com uma greve de médicos nos
últimos três meses, há anos o
Nordeste recebe menos do governo federal. "O recurso pode
aumentar, mas o déficit é muito
grande. Na realidade, ainda é
muito pouco. É preciso triplicar esse valor."
Apesar disso, Valente diz que
a má administração dos recursos acentua o problema.
"Os hospitais públicos são
mal gerenciados. Não há controle de receita e despesa, diz.
Segundo ele, um outro problema grave é a politização dos
serviços e do planejamento das
ações de saúde.
O secretário do Rio Grande
do Norte, Adelmaro Cavalcanti,
tem a mesma opinião. Ele afirma que houve um grande investimento em máquinas desnecessárias no Estado em detrimento de investimento em
tecnologia para regulação e
controle dos gastos.
Já o secretário da Paraíba,
Geraldo Almeida, diz que a crise é reflexo dos baixos repasses
para os serviços de média e alta
complexidade.
O secretário do Ceará, João
Ananias, concorda e afirma que
o Nordeste ainda recebe menos
por habitante nesses quesitos.
Ele diz que a gerência de gastos não é o problema. "O problema aqui é financiamento. Se
dizem que há problema de gestão, que apontem, porque aí é
fácil de sanar."
(JCM e TR)
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