São Paulo, sábado, 25 de agosto de 2007

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Para secretários, déficit histórico torna os repasses insuficientes

DA AGÊNCIA FOLHA

O subfinanciamento histórico para o Nordeste faz com que o aumento de recursos federais não seja suficiente para sanar os problemas da região. Além disso, os investimentos em serviços de média e alta complexidade ainda são menores em comparação com o Sul, o Sudeste e o Centro-Oeste. É o que afirmam os secretários da Saúde da região.
Para o secretário de Alagoas, André Valente, que conviveu com uma greve de médicos nos últimos três meses, há anos o Nordeste recebe menos do governo federal. "O recurso pode aumentar, mas o déficit é muito grande. Na realidade, ainda é muito pouco. É preciso triplicar esse valor."
Apesar disso, Valente diz que a má administração dos recursos acentua o problema.
"Os hospitais públicos são mal gerenciados. Não há controle de receita e despesa, diz.
Segundo ele, um outro problema grave é a politização dos serviços e do planejamento das ações de saúde.
O secretário do Rio Grande do Norte, Adelmaro Cavalcanti, tem a mesma opinião. Ele afirma que houve um grande investimento em máquinas desnecessárias no Estado em detrimento de investimento em tecnologia para regulação e controle dos gastos.
Já o secretário da Paraíba, Geraldo Almeida, diz que a crise é reflexo dos baixos repasses para os serviços de média e alta complexidade.
O secretário do Ceará, João Ananias, concorda e afirma que o Nordeste ainda recebe menos por habitante nesses quesitos.
Ele diz que a gerência de gastos não é o problema. "O problema aqui é financiamento. Se dizem que há problema de gestão, que apontem, porque aí é fácil de sanar." (JCM e TR)


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