DA REPORTAGEM LOCAL

Os novos radares devem pegar muitos motoristas de surpresa não só por agregar funções adicionais, mas também pelos lugares onde serão implantados.
Os 175 equipamentos vão funcionar, em revezamento, em estruturas fixas instaladas em 303 endereços da cidade de São Paulo, dos quais 60% serão novos -não são fiscalizados hoje.
A licitação dividiu a capital paulista em quatro lotes, e os custos estimados a serem pagos pela prefeitura são de R$ 109 milhões em 48 meses.
As lombadas eletrônicas -hoje são cem- e os 26 radares móveis também são mantidos pela prefeitura em contratos separados.
Os diversos tipos de multa que poderão aplicar devem ampliar a tendência de diversificação das infrações já verificada nos últimos meses deste ano na cidade.
No primeiro semestre de 2007, a quantidade total de multas de trânsito na capital paulista foi de 1,99 milhão, queda de 0,77% em relação ao registrado no mesmo período do ano anterior.
Dentre as seis autuações mais comuns (rodízio, velocidade, estacionamento, celular, semáforo vermelho e cinto de segurança, nessa ordem), a que mais caiu foi a de desrespeito à restrição veicular -diminuição de 17%- e a que mais subiu -alta de 10,7%- foi por estacionamento em lugar proibido.

Aumento
O balanço da CET, no entanto, revela que os chamados "outros enquadramentos" (que abrangem as infrações que nunca foram prioridades da fiscalização, como invasão à faixa de pedestres) tiveram aumento de multas de 18% no período.
Essa tendência coincide com a volta dos PMs à fiscalização de multas, antes feita só pelos marronzinhos.
Um convênio firmado entre Estado e prefeitura em maio de 2006 voltou a permitir que policiais militares pudessem autuar veículos por infrações que, pelo código de trânsito, seriam responsabilidade só do município -como as listadas acima.
Neste ano, a PM também já começou a testar a implantação de um grupamento voltado prioritariamente ao trânsito. (AI)


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