São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 2008

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HERMENEGILDO VIOLIN NETO (1928-2008)

De Hermenegildo em Hermenegildo

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 87, Hermenegildo Violin Neto está bem. Lúcido, com a audição um pouco afetada, o ex-trabalhador rural é um dos 6.951 habitantes que vivem calmamente em Cosmorama, a 501 km de São Paulo. Tem sete filhos, dezesseis netos e seis bisnetos.
Há alguns anos, perdeu um primo -também chamado Hermenegildo Violin Neto- na cidade vizinha de Tanabi.
De Jundiaí (SP) tem poucas notícias, mas sabe que lá ainda mora um outro primo Hermenegildo Violin Neto. A família é de homônimos.
Anteontem, quebrou-lhe a calmaria a notícia da morte de mais um primo Hermenegildo Violin Neto, aos 79, no dia 13, em São Paulo.
Um pouco mais novo que o de Cosmorama, esse último Hermenegildo chegou a São Paulo em 1960, desempregado e com três filhos.
Também natural de Tanabi, casou-se aos 24 e mudou-se para Votuporanga (SP), onde revendia cereais. Veio à capital porque "as coisas lá não iam bem". Apelidado de Ico (o de Cosmorama é chamado de I), trabalhou na Alpargatas, depois numa vinícola e acabou como motorista de uma transportadora. Aposentou-se em 1991.
Aracy, a mulher, lembra ainda hoje da festa que os Violin deram em Tanabi, há uns anos, para a família, por conta de umas bodas de ouro. Durou uma semana.
Ico morreu de insuficiência respiratória. Deixou três filhos, quatro netos e dois bisnetos. Nenhum deles chamado Hermenegildo.

obituario@folhasp.com.br


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