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outro lado
Funcionário digitou 50 em vez de 250, diz dono
DA REPORTAGEM LOCAL
O dono da Blue Pepper, Ali
Yassin, que diz tê-la aberto
para que seus filhos (25 e 28
anos) pudessem trabalhar,
afirma que a prefeitura procura "picuinha, pelo em ovo".
"A casa é regular. Na hora
de digitar, era para ele [funcionário de um escritório de
engenharia] colocar [capacidade para] 250 [pessoas],
mas colocou 50. E esqueceu
do 2", afirma. "É um engano
grave, mas que pode ser consertado. Em menos de 30
dias estará tudo OK."
A Subprefeitura de Pinheiros diz que a solicitação de alvará para essa quantidade de
clientes está sob análise.
"Se estivesse totalmente irregular, eles já teriam fechado antes", afirma Yassin.
Ele diz desconhecer a informação da prefeitura sobre
a diferença entre a construção e a planta aprovada. "Se
houvesse, eles não teriam nos
dado a licença."
Yassin alega ter laudo dos
bombeiros para atestar a segurança da boate e que todos
os projetos de acessibilidade
foram feitos com base em
250 clientes. Nega, porém,
que a boate receba até 300.
Sobre as queixas dos moradores, afirma: "A gente não
tem como educar as pessoas,
por exemplo, se elas falam alto na rua". Mas diz cumprir
as exigências legais.
Seu advogado afirma que
foram gastos R$ 500 mil só
com proteção acústica. E Yassin diz que medições na vizinhança atingiram no máximo
34 decibéis -o limite é 40.
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