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Igreja é fechada por falta de segurança
Templo localizado em antigo galpão do Brás, que chega a atrair 15 mil pessoas, não tem documentação em dia
Direção da Igreja Mundial do Poder de Deus não se manifesta; celebrações estão suspensas no local
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Justiça Estadual de São
Paulo determinou o fechamento da sede da Igreja Mundial do Poder de Deus, instalada num antigo galpão no
parque metalúrgico do Brás
-região central da capital-
por falta de documentação.
Procurada, a direção da
Igreja não quis se manifestar.
Segundo fiéis, desde anteontem as celebrações estão suspensas em razão da ordem.
A liminar foi concedida na
sexta pela juíza Maria Gabriella Spaolonzi e atende a pedido do Ministério Público. A
multa diária por desrespeito
à ordem é de R$ 30 mil.
O pedido foi apresentado
pela promotora Mabel Tucunduva. Ela também investiga o acidente da Igreja Renascer que deixou nove mortas em janeiro do no passado.
A Promotoria afirma que
não há documentação que
comprove a segurança aos
frequentadores dos cultos.
A igreja funciona desde
2006. De acordo com o Ministério Público, chegam a se
reunir cerca de 15 mil pessoas
no local, diante de uma capacidade para 8.040 lugares.
Essa grande quantidade
de frequentadores provoca,
segundo a ação, um caos no
trânsito na região e barulho
que incomoda os vizinhos.
"Não conseguimos estacionar na nossa rua de jeito
nenhum", disse o securitário
Almir Cavalcante, 47. A meia
hora do início do culto "Milagre Urgente", ontem, às 15h,
a lavadeira Maria Tereza
Dias, 65, estranhava a rua vazia em frente ao templo.
"Nessa hora, já era pra ter
uma 5.000 pessoas aqui".
Havia 50 pessoas em cada
uma das entradas do prédio.
ORAÇÃO
Pouco antes, um obreiro
da igreja "atendia" uma fila
de 30 pessoas na calçada da
rua Visconde de Parnaíba,
enquanto outros funcionários recolhiam dízimos, distribuíam carnês e pediam
que todos fossem orar "para
que o apóstolo Valdemiro
Santiago [ um dos fundadores da igreja] não seja multado". O apóstolo esteve no local pela manhã.
Fiéis falaram em "perseguição" da Justiça.
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