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ADMINISTRAÇÃO
É o maior número de interdições desde o início da operação Dose de Vida, que atingiu também 5 saunas mistas
Blitz antibebida fecha 46 locais no centro
DO "AGORA SÃO PAULO"
Blitz da Prefeitura de São Paulo
na madrugada de ontem resultou
na interdição 46 bares, fliperamas, boates, lanchonetes, padarias e saunas mistas situados no
centro da cidade.
É o maior número de estabelecimentos interditados desde o início da operação Dose de Vida, que
teve início faz cerca de dois meses
e tem por objetivo fechar estabelecimentos comerciais que vendem bebida alcóolica após a 1h.
Mais uma vez, o secretário municipal de Governo, Arnaldo Faria
de Sá, capitaneava a blitz.
Durante a ação da prefeitura no
centro paulistano, nove menores
desacompanhados foram detidos, e cinco bares, multados.
O bar Drink"s Copacabana, na
avenida Ipiranga, havia sido fechado na semana passada. Ontem, encontrava-se aberto. O dono, Hamenon Dutra Gondim, recebeu a multa de R$ 101,42.
"Quando deu 1h, eu avisei os
clientes que precisava fechar o
bar. Ninguém parou de beber,
vou arrancar o copo da mão deles?", justificou-se.
Na boate Recanto Parada da
Noite, na rua Rego Freitas, cerca
de 80 pessoas bebiam e dançavam
forró quando a blitz começou.
O lugar também havia sido interditado por falta de segurança
há duas semanas. Os banheiros
foram reformados e um extintor
de incêndio foi instalado, de acordo com a proprietária Vanda Miranda. Só que a escada da entrada
continua perigosa, estreita demais, de acordo com fiscais do
Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis). A Recanto Parada foi multada e fechada novamente.
Cinco saunas mistas também
foram interditadas durante a fiscalização da prefeitura. Nesses locais, onde a entrada vai R$ 5 a R$
10, o cliente pode beber e assistir
shows eróticos.
A Casarão, na rua Augusta, estava trancada a cadeado. No entanto, luzes coloridas giravam e piscavam lá dentro. A Guarda Civil
Metropolitana (GCM) forçou o
portão e invadiu o local.
Cerca de 30 moças seminuas tiveram de fazer fila para serem revistadas pelas agentes femininas
da GCM. Os cerca de 30 clientes
também passaram por revista.
"Avisaram que a blitz estava
chegando e então fechamos as
portas, como todas as outras saunas da região", contou a recepcionista Maria Fátima dos Santos. O
Contru fechou o local por falta de
condições de segurança.
Na boate gay Muralha Club, na
rua Bento Freitas, na região da
praça da República, os cerca de 60
clientes deixaram o local afirmando que haviam sido desrespeitados pelos integrantes da Guarda
Civil. Reclamaram também de
preconceito, já que as boates heterossexuais da rua não teriam sido
perturbadas.
(EMERSOM SATOMI)
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