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memória
Frase de reitor de Harvard foi alvo de ataques
DA SUCURSAL DO RIO
A tese de que diferenças
biológicas explicariam em
boa parte o desempenho diferenciado de meninos e meninas em algumas disciplinas causou muita dor de cabeça no ano passado ao então
reitor da Universidade Harvard, Larry Summers, que
deixou o cargo neste ano.
Numa conferência acadêmica, ele sugeriu que "diferenças inatas" poderiam explicar por que há menos mulheres do que homens nas
posições mais altas da carreira científica. Como resultado, recebeu cartas de protesto e um voto de desconfiança
dos docentes de Harvard.
Para amenizar a crise, teve
que se desculpar publicamente. "Se pudesse voltar no
tempo, teria me pronunciado de forma diferente sobre
um assunto tão complexo.
Deveria ter deixado esse tipo
de especulação para os especialistas", disse, na ocasião.
Mesmo entre os especialistas, no entanto, o tema é
controverso. Estudos de
neurocientistas defendem
que diferenças no cérebro
explicariam melhores desempenhos de homens ou
mulheres em dadas tarefas.
O problema é que grande
parte desses estudos esbarra
numa limitação, já que, em
sua maioria, são feitos em
adultos. Sabe-se, por exemplo, que o cérebro humano
responde a estímulos externos desde o momento da gestação. Uma diferença encontrada entre adultos, portanto, pode ser reflexo dos estímulos recebidos desde a primeira infância.
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