São Paulo, segunda-feira, 25 de setembro de 2006

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memória

Frase de reitor de Harvard foi alvo de ataques

DA SUCURSAL DO RIO

A tese de que diferenças biológicas explicariam em boa parte o desempenho diferenciado de meninos e meninas em algumas disciplinas causou muita dor de cabeça no ano passado ao então reitor da Universidade Harvard, Larry Summers, que deixou o cargo neste ano.
Numa conferência acadêmica, ele sugeriu que "diferenças inatas" poderiam explicar por que há menos mulheres do que homens nas posições mais altas da carreira científica. Como resultado, recebeu cartas de protesto e um voto de desconfiança dos docentes de Harvard.
Para amenizar a crise, teve que se desculpar publicamente. "Se pudesse voltar no tempo, teria me pronunciado de forma diferente sobre um assunto tão complexo. Deveria ter deixado esse tipo de especulação para os especialistas", disse, na ocasião.
Mesmo entre os especialistas, no entanto, o tema é controverso. Estudos de neurocientistas defendem que diferenças no cérebro explicariam melhores desempenhos de homens ou mulheres em dadas tarefas.
O problema é que grande parte desses estudos esbarra numa limitação, já que, em sua maioria, são feitos em adultos. Sabe-se, por exemplo, que o cérebro humano responde a estímulos externos desde o momento da gestação. Uma diferença encontrada entre adultos, portanto, pode ser reflexo dos estímulos recebidos desde a primeira infância.


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