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Secretaria confirma reação causada por vacina da raiva
Imunizações de cães e gatos continuarão suspensas, diz governo de SP
Não há previsão para que a campanha seja retomada; ministérios da Saúde e Agricultura estudam a vacina usada
RACHEL BOTELHO
DE SÃO PAULO
A vacina contra a raiva
usada no Estado de São Paulo para imunizar cães e gatos
causou reações adversas acima do esperado, confirma
uma investigação da Secretaria Estadual da Saúde.
"Não há mais dúvida que a
vacina teve relação com o
adoecimento de animais saudáveis. Mas não sabemos
ainda o que pode ter causado
as reações, porque a análise
dos lotes ainda não foi concluída pelo ministério", afirma Clélia Aranda, secretária-adjunta de Estado da saúde.
Em nota oficial, a secretaria manteve a recomendação
de suspensão das campanhas de vacinação por tempo
indeterminado, até que os
Ministérios da Saúde e Agricultura decidam se será necessário substituir o produto.
Um estudo de campo feito
pelo Centro de Vigilância
Epidemiológica, com donos
de 82 animais que tiveram
reações adversas, revelou
que 57% dos cães e 32% dos
gatos já haviam sido imunizados em campanhas anteriores e não tiveram reações.
Laudos das necropsias de
15 animais mortos apontaram que cinco deles tiveram
hemorragias digestivas.
Segundo a secretaria, os
resultados já foram encaminhados aos dois ministérios.
O laboratório Biovet, responsável pela produção do
imunizante, divulgou uma
nota na qual afirma que não
foi possível "estabelecer a associação causal entre a vacina e os quadros encontrados
nas necropsias".
A empresa afirma que continua sua investigação interna e que a qualidade e adequação da vacina foi atestada pelo Lanagro (Laboratório
Nacional Agropecuário), ligado ao Ministério da Agricultura. Procurado pela reportagem, o Lanagro não
quis se manifestar.
Em nota, o Ministério da
Saúde recomenda que a vacinação seja mantida nos demais Estados. A vacina contra a raiva humana continua
sendo oferecida.
Colaborou RAPHAEL SASSAKI
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