A Galeria Prestes Maia, alvo de um imbróglio judicial que já durava quase dois anos, poderá ser finalmente reformada. No último dia 13, a Justiça liberou o imóvel para intervenções.
A disputa começou em dezembro de 2008, quando a prefeitura revogou decreto de 1996 que cedia o uso do espaço para o Masp.
Na época, a administração municipal alegou que o museu não deu uso público à galeria e que reformas no imóvel, tombado, foram iniciadas sem as devidas autorizações do patrimônio histórico.
O Masp dizia que as autorizações haviam sido obtidas e que as reformas não foram concluídas devido a um vazamento no viaduto do Chá.
A divergência gerou uma disputa judicial, mas em maio de 2009, a prefeitura obteve liminar para que o museu desocupasse a galeria. O imóvel ficou, no entanto, bloqueado enquanto uma perícia estava em processo.
Quando a concessão ao Masp foi revogada, a Secretaria da Cultura disse que pretendia abrigar no local a Coleção de Arte da Cidade, com quase 3.000 obras. Hoje, diz que o espaço ainda não foi transferido para a pasta.
Exceto por uma exposição em homenagem a Ayrton Senna, a galeria está há mais de seis anos sem mostras. Seus ambientes escuros, lixo acumulado e escadas rolantes paradas dão sensação de abandono, nos 6.000 m2.
Quem passa pela Prestes Maia têm opinião semelhante sobre o lugar, uma passagem entre a praça do Patriarca e o vale do Anhangabaú. "É um desperdício de espaço", diz Paulo Xeles, 39. "Não entendo por que não tem uma destinação melhor", afirma Luiz Machado, 57.
Só as estátuas Graça 1 e Graça 2, de Victor Brecheret, fazem lembrar que o espaço, todo revestido em mármore, nasceu galeria e era frequentado pela elite paulistana.

MEMÓRIA
ESPAÇO ERA FREQUENTADO PELA ELITE

O Salão Paulista de Belas Artes, em 1940, com a presença de artistas como Anita Malfatti, marcou a inauguração da Prestes Maia. Um de seus dois espaços de exposição, o salão Almeida Júnior, abrigou importantes mostras, que eram frequentadas pela elite paulistana até a década 50.

NÃO É POR AÍ
REMENDOS E BURACOS INCOMODAM USUÁRIOS DA BERRINI
"Em geral, uma porcaria." É assim que o securitário Marcos Costa, 42, define o asfalto da av. Engenheiro Luiz Carlos Berrini, importante polo de negócios de SP.
Por todos os lados, o pavimento da Berrini se reduz a asfalto velho, buracos e remendos.
"Deveriam interditar por um tempo para fazer o serviço direito", disse a comissária Thais Bellintani, 32.
Procurada, a Secretaria de Coordenação das Subprefeituras informou que a Berrini vem passando por intervenções de concessionárias prestadoras de serviços.
Ao término, afirma, ocorrerá vistoria para incluir a via em etapas futuras do programa de recapeamento.

TATUAPÉ
O parque Anália Franco (rua Canuto de Abreu, s/nº) vai transformar um de seus campos de futebol em uma arena para a prática de rúgbi. Uma escolinha do esporte também passará a funcionar no local.

CENTRO
Terminam amanhã as inscrições para o concurso Receita Saudável, do Mercadão (rua da Cantareira, 306), que premiará com R$ 6.000 o melhor prato em valor nutricional. Informações: www.prefeitura.sp.gov.br.

JARDINS
A AME Jardins está negociando a contratação de um instituto para estudar as 2.200 árvores da região. A ideia é realizar o trabalho em conjunto com uma análise da administração municipal sobre a condição das plantas.

BICHOS

Cachorros fazem "cãominhada" no Campo Belo

O Campo Belo (zona sul) estará "animal" amanhã, dia em que terá sua 1ª "EcoCãominhada" -evento realizado por uma ONG, pet shops e clínicas veterinárias da região.
O encontro, que começará às 9h45 na rua Pascal, promete agrados para tirar os mais preguiçosos de casa.
Entre os "presentinhos", estão sessões de massoterapia e desfiles de moda e penteado -para cães, é claro.
A ideia da caminhada canina é reunir os amantes dos bichos, além de dar orientações sobre mudanças na legislação animal como a proibição da cordotomia (cirurgia que desliga parte das cordas vocais dos pets) e sobre a vida em apartamentos.
"Também vamos informar como podem ser feitas denúncias de maus-tratos", diz a veterinária Flávia Vacek.
Cerca de 2,5 km depois, cães e donos chegarão à rua João Álvares Soares.

SE ESSA RUA FOSSE MINHA

Rua da Mooca,na zona leste de SP

"Eu mudaria a rotina de limpeza da rua. Hoje a vizinhança se reveza para varrer a calçada, porque o acúmulo de lixo dos bares, restaurantes e mercados é muito grande por aqui"
A aposentada Eunice Almeida, 65, moradora

Por ALESSANDRA BALLES, com VANESSA CORREA, ADRIANO BRITO e GUTO LOBATO

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