São Paulo, sábado, 25 de setembro de 2010

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Incêndio destrói 340 casas em favela

Fogo na favela Real Parque, na zona sul de São Paulo, começou por volta das 10h; duas pessoas ficaram feridas

Neste ano, ao menos 8 favelas pegaram fogo na capital; em ao menos 4 casos, há suspeita de incêndio criminoso

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
ROGÉRIO PAGNAN
DE SÃO PAULO

Um incêndio destruiu na manhã de ontem cerca de 340 casas na favela Real Parque (zona sul de São Paulo).
Duas pessoas ficaram feridas. Os bombeiros demoraram cerca de três horas para controlar as chamas.
A polícia vai investigar as causas desse incêndio. Não há, em princípio, indícios de que tenha sido criminoso.
Desde o início do ano, pelo menos oito favelas pegaram fogo na capital. Os bombeiros dizem que em ao menos quatro desses casos há suspeita de incêndio criminoso.
Segundo os bombeiros, o incêndio começou por volta das 10h. O fogo provocou a interdição da pista local da marginal Pinheiros, que foi liberada parcialmente apenas às 17h56.
Quatro pessoas foram hospitalizadas: duas por intoxicação e duas feridas após caírem enquanto fugiam das chamas. Cerca de 80 bombeiros e 30 caminhões-pipas foram usados para conter o fogo, o que ocorreu às 13h.
A Defesa Civil e a Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social, ambas municipais, atenderam cerca de 1.200 pessoas afetadas pelo incêndio.

BARRACO DE R$ 3.000
Tatiana Oliveira Santana, 20, trabalha no shopping Cidade Jardim -próximo à favela. Ela soube do incêndio por meio de amigas.
Não chegou a tempo de salvar nenhum pertence do barraco, que custou R$ 3.000 e teve a última parcela quitada na quinta-feira.
Lucimar Silva, 29, foi vítima pela segunda vez de um incêndio na Real Parque. Assim como em 2002, a doméstica perdeu tudo o que tinha no fogo que tomou a favela.
Segundo Lucimar, na primeira vez, sua família foi para um abrigo com a promessa de que sairia em um ano para uma nova moradia fixa.
Hoje, ela voltou a receber uma proposta de abrigo da Defesa Civil, mas recusou. Vai ficar com a mãe, que também mora na favela.


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