São Paulo, terça-feira, 25 de outubro de 2005

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CARGA PESADA

Transporte será feito de madrugada; uma passarela terá que ser erguida

Peça de 250 t cruza SP em carreta

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O transporte de um rotor de turbina de uma usina hidrelétrica deverá complicar o trânsito em São Paulo a partir de hoje à noite. Durante pelo menos dez dias o aparelho passará pelas ruas da capital dentro de uma carreta gigante que tem 110 m de comprimento (93 m só de área reservada para a peça), 8,7 m de largura e 5,8 m de altura.
Todo o itinerário da carreta foi planejado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) durante dois meses.
O rotor é a parte giratória de um motor elétrico. Como trata-se de uma carga especial (pesa 250 toneladas e tem cerca de 22 metros de comprimento), a CET teve de montar um esquema especial para evitar complicações no trânsito e mobilizar órgãos como Eletropaulo e Telefônica, para poupar dores de cabeça à população.
Serão percorridos 45 km dentro da malha urbana da capital. O caminhão vai rodar a cerca de cinco quilômetros por hora.
Para evitar congestionamentos, a carreta não poderá trafegar das 6h até as 23h. Todo o trajeto será feito durante a madrugada. Estão previstos cinco pontos de parada em São Paulo.
Segundo Paulo Roberto Millano, gerente de operações das marginais da CET, duas ocasiões exigirão maior atenção: na avenida Tiradentes, no centro, e na rua Henrique Schaumann, em Pinheiros (zona oeste).
Na Tiradentes, uma passarela de concreto terá de ser erguida por dois guindastes porque o caminhão é mais alto do que a passarela. A partir da rua Henrique Schaumann o tráfego fica mais complicado devido ao volume de veículos que passam pelo local, inclusive à noite.
O caminhão passará pela avenida Rebouças, seguirá para a Brigadeiro Faria Lima, fará o acesso para a avenida Cidade Jardim e percorrerá um trecho da marginal Pinheiros. Todo o trajeto será feito na contramão.
"Nesse trecho vários pontos terão de ser percorridos na contramão por causa do raio de giro da carreta. Não pode dar nenhum problema porque não temos para onde correr", disse.
Nos pontos de parada, a carreta ficará estacionada na rua e a sinalização será feita pela CET. "São pontos de baixo fluxo de veículo", afirmou Millano.
Após o percurso na capital, a carreta segue até Santos, onde embarcará em um navio com destino ao Pará. A peça integrará a segunda fase das obras de extensão da usina hidrelétrica de Tucuruí, que deve entrar em operação em julho de 2006.


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