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CARGA PESADA
Transporte será feito de madrugada; uma passarela terá que ser erguida
Peça de 250 t cruza SP em carreta
FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL
O transporte de um rotor de
turbina de uma usina hidrelétrica deverá complicar o trânsito
em São Paulo a partir de hoje à
noite. Durante pelo menos dez
dias o aparelho passará pelas
ruas da capital dentro de uma
carreta gigante que tem 110 m de
comprimento (93 m só de área
reservada para a peça), 8,7 m de
largura e 5,8 m de altura.
Todo o itinerário da carreta foi
planejado pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego)
durante dois meses.
O rotor é a parte giratória de
um motor elétrico. Como trata-se de uma carga especial (pesa
250 toneladas e tem cerca de 22
metros de comprimento), a
CET teve de montar um esquema especial para evitar complicações no trânsito e mobilizar
órgãos como Eletropaulo e Telefônica, para poupar dores de
cabeça à população.
Serão percorridos 45 km dentro da malha urbana da capital.
O caminhão vai rodar a cerca de
cinco quilômetros por hora.
Para evitar congestionamentos, a carreta não poderá trafegar das 6h até as 23h. Todo o trajeto será feito durante a madrugada. Estão previstos cinco pontos de parada em São Paulo.
Segundo Paulo Roberto Millano, gerente de operações das
marginais da CET, duas ocasiões exigirão maior atenção: na
avenida Tiradentes, no centro, e
na rua Henrique Schaumann,
em Pinheiros (zona oeste).
Na Tiradentes, uma passarela
de concreto terá de ser erguida
por dois guindastes porque o
caminhão é mais alto do que a
passarela. A partir da rua Henrique Schaumann o tráfego fica
mais complicado devido ao volume de veículos que passam
pelo local, inclusive à noite.
O caminhão passará pela avenida Rebouças, seguirá para a
Brigadeiro Faria Lima, fará o
acesso para a avenida Cidade
Jardim e percorrerá um trecho
da marginal Pinheiros. Todo o
trajeto será feito na contramão.
"Nesse trecho vários pontos
terão de ser percorridos na contramão por causa do raio de giro
da carreta. Não pode dar nenhum problema porque não temos para onde correr", disse.
Nos pontos de parada, a carreta ficará estacionada na rua e a
sinalização será feita pela CET.
"São pontos de baixo fluxo de
veículo", afirmou Millano.
Após o percurso na capital, a
carreta segue até Santos, onde
embarcará em um navio com
destino ao Pará. A peça integrará a segunda fase das obras de
extensão da usina hidrelétrica
de Tucuruí, que deve entrar em
operação em julho de 2006.
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