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OUTRO LADO
Prefeitura e Estado dizem atender atingidos
Removidos recebem aluguel social ou são encaminhados para vagas em conjuntos habitacionais, afirmam
DE SÃO PAULO
A Prefeitura de São Paulo
diz que há 800 mil famílias à
espera de moradia adequada, que age diante de situações emergenciais e que uma
solução definitiva deverá vir
até 2024, como prevê o Plano
Municipal de Habitação.
Segundo ela, estão sendo
urbanizadas 110 favelas na
cidade, com verbas estadual,
municipal e federal e que o
processo é complexo pois envolve uma "negociação ininterrupta com a população".
Um dos problemas é o imediato adensamento populacional de uma favela sempre
que sua reurbanização é
anunciada, como diz ter
acontecido na favela do Sapo
(região da Água Branca), onde o número inicial de famílias saltou de 87 para 455.
De acordo com a pasta, o
objetivo é atender com casas
e apartamentos todas as famílias removidas, mas que,
emergencialmente, paga o
chamado aluguel social -R$
300 por mês- para que elas
fiquem em moradias provisórias até que sejam concluídas
as unidades habitacionais.
Já o Parque Cocaia, no extremo sul da cidade, onde
130 famílias foram retiradas,
a Secretaria da Habitação diz
que era uma área de risco e
havia determinação do Ministério Público para a remoção. As famílias receberam
R$ 8.000 à vista -valor relativo a 24 meses de aluguel-
porque o município sabia
"que não haveria unidades
habitacionais prontas".
Na Vila Brejinho, que integra o Complexo Cocaia, no
extremo sul, a prefeitura diz
que removeu 104 famílias
mesmo sem ter para onde levá-las porque a área, às margens da Billings, era de "risco
iminente" de alagamento.
As famílias, diz a pasta, receberão o aluguel social "até
o momento da alternativa
habitacional definitiva".
ESTADO
A CDHU (companhia habitacional do Estado) afirmou
que atua em favelas em duas
frentes -urbanização e erradicação- e que "em hipótese
nenhuma deixa famílias sem
atendimento definitivo nos
locais de intervenção".
Segundo ela, o Programa
de Atuação em Favelas atendeu 18.375 famílias com novas moradias entre 2007 e
2010 e 22.645 foram beneficiadas com urbanização.
No Programa de Recuperação Socioambiental da Serra
do Mar, a companhia afirma
que as 5.350 famílias retiradas de áreas de risco ou de
preservação irão para conjuntos habitacionais.
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