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Moto some de pátio da Polícia Civil na zona sul
Veículo foi apreendido no dia 4 pela PM
DE SÃO PAULO
"Ninguém sabe, ninguém
viu." Essa tem sido uma das
respostas mais ouvidas pelo
pedreiro Jurandi Chagas de
Araújo, 47, quando ele vai a
uma delegacia da Polícia Civil de São Paulo, na zona sul
da capital, para tentar recuperar sua moto, que estava
apreendida no local e sumiu.
Desde o dia 8 deste mês,
nenhum dos 50 funcionários
do 92º Distrito Policial (Parque Santo Antonio) sabe responder o que aconteceu com
a moto preta, 125 cilindradas,
ano 2006, de Araújo, cujo valor não ultrapassa R$ 4.000.
Até o sumiço da moto ter
sido detectado, ela estava no
pátio do 92º DP, sob custódia
da Polícia Civil, após ser
apreendida pela Polícia Militar na noite do dia 4.
O delegado Carlos Alberto
Delaye, chefe do 92º DP, disse ontem que o sumiço da
moto é investigado.
De acordo com ele, o caso
também está com a Corregedoria Geral da Polícia Civil.
No entendimento de Delaye, não há envolvimento de
nenhum dos funcionários da
delegacia no furto da moto
do pedreiro.
Em outubro de 2009, Delaye chegou a ser afastado do
92º DP por usar o número da
delegacia no rótulo de garrafas de cachaça e vinho.
O delegado Delaye aparecia no rótulo da bebida fantasiado de caubói, com o número 92 e um título "Aqui o
sistema é bruto".
Armando de Oliveira Costa
Filho, chefe da 6ª Delegacia
Seccional -espécie de central da Polícia Civil na região-, não foi encontrado.
APREENSÃO
A moto foi apreendida
com Francisco Marciano
Freire de Araújo, 19, filho do
pedreiro, porque, segundo
policiais, ele carregava duas
munições calibre 22 e estava
com dois adolescentes -um
de 17 e outro de 16 anos.
O jovem de 17 anos, ainda
na versão dos PMs, tinha um
revólver calibre 22 e o terceiro
jovem, uma réplica de arma.
Os três, segundo os policiais,
planejavam um roubo. Eles
já estão em liberdade.
"Ocorre que a documentação de entrega do motociclo
foi providenciada, contudo,
ao se verificar no pátio, constatou-se que o motociclo foi
subtraído, não se sabendo as
circunstâncias", escreveu o
delegado Carlos Adriano Ramos Poli, do próprio 92º DP,
no registro do furto da moto.
Não é a primeira vez que isso acontece. Em novembro
de 2009, um Porsche Cayenne V6, avaliado em mais de
R$ 170 mil, sumiu do 15º DP
(Itaim Bibi), zona oeste.
(ANDRÉ CARAMANTE)
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