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Filme leva 10 mil ao Ibirapuera
Garoa, frio e grama úmida não espantaram paulistanos ontem
ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
Com os edifícios de sua
própria metrópole a servir de
moldura para as imagens de
Fritz Lang, os paulistanos
acompanharam, na noite de
ontem, a exibição de "Metrópolis" (1927), no Ibirapuera.
Nem a garoa que, antes do
início do filme, deixou úmido
o gramado, espantou as cerca de 10 mil pessoas que se
reuniram para conhecer a cópia restaurada desse clássico
do cinema mudo, que chegou ao Brasil acompanhada
de orquestra ao vivo.
Dentro da programação da
34ª Mostra Internacional de
Cinema, a parede externa do
Auditório Ibirapuera foi
transformada em tela.
Sob as imagens do mundo
que começava a ficar veloz,
tomado por máquinas e homens presos a relógios, a Orquestra Jazz Sinfônica, conduzida por João Mauricio Galindo, executou a música original de Gottfried Huppertz.
A vastidão do público não
apenas não atrapalhou o desejado silêncio como parece
ter devolvido, ao cinema, seu
sentido de arte coletiva.
A experiência partilhada
fez com que, a despeito da
temperatura que caía sem
parar, praticamente ninguém arredasse pé da sessão
após o primeiro intervalo.
São Paulo foi a primeira cidade da América Latina a
exibir essa cópia de "Metrópolis", com 25 minutos inéditos. A primeira exibição foi
no Portão de Brandemburgo,
em Berlim, em fevereiro.
Os paulistanos, para fazer
jus ao biscoito fino, trouxeram até taças de vinho para o
gramado do parque.
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