São Paulo, segunda-feira, 25 de outubro de 2010

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Filme leva 10 mil ao Ibirapuera

Garoa, frio e grama úmida não espantaram paulistanos ontem

ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO

Com os edifícios de sua própria metrópole a servir de moldura para as imagens de Fritz Lang, os paulistanos acompanharam, na noite de ontem, a exibição de "Metrópolis" (1927), no Ibirapuera.
Nem a garoa que, antes do início do filme, deixou úmido o gramado, espantou as cerca de 10 mil pessoas que se reuniram para conhecer a cópia restaurada desse clássico do cinema mudo, que chegou ao Brasil acompanhada de orquestra ao vivo.
Dentro da programação da 34ª Mostra Internacional de Cinema, a parede externa do Auditório Ibirapuera foi transformada em tela.
Sob as imagens do mundo que começava a ficar veloz, tomado por máquinas e homens presos a relógios, a Orquestra Jazz Sinfônica, conduzida por João Mauricio Galindo, executou a música original de Gottfried Huppertz.
A vastidão do público não apenas não atrapalhou o desejado silêncio como parece ter devolvido, ao cinema, seu sentido de arte coletiva.
A experiência partilhada fez com que, a despeito da temperatura que caía sem parar, praticamente ninguém arredasse pé da sessão após o primeiro intervalo.
São Paulo foi a primeira cidade da América Latina a exibir essa cópia de "Metrópolis", com 25 minutos inéditos. A primeira exibição foi no Portão de Brandemburgo, em Berlim, em fevereiro.
Os paulistanos, para fazer jus ao biscoito fino, trouxeram até taças de vinho para o gramado do parque.


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