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VIOLÊNCIA
Segundo a polícia, estudante de 22 anos confessou crime e foi preso em favela onde teria trocado carro por cocaína
Rapaz é acusado de matar avó e empregada
DO "AGORA"
A polícia prendeu, na noite de
ontem, o estudante Gustavo de
Macedo Pereira Napolitano, 22
anos, acusado de matar a golpes
de faca e espada a avó, Vera Kuhn
Macedo, 73, e a empregada da casa, Cleide Ferreira da Silva, 20.
O crime aconteceu na própria
casa da família, na Alameda dos
Maruás, em Planalto Paulista,
bairro de classe média da zona sul
de São Paulo.
Segundo a polícia, Napolitano
confessou o crime e disse que é
usuário de cocaína. Ele teria começado a estudar direito este ano,
mas desistiu. No ano que vem, ele
começaria a cursar educação física. A polícia não forneceu os nomes das universidades.
De acordo com a polícia, por
volta da meia-noite de sábado,
Napolitano foi até a favela da rua
Mauro, no Jabaquara (zona sul),
com um aparelho de som, que teria trocado por cinco papelotes de
cocaína. Ao voltar para casa, ele
teria usado a droga e, em seguida,
ido até o quarto da avó, no segundo andar da casa. A polícia acredita que Vera tenha sido morta dormindo, por volta de 1h30.
No corpo havia pelo menos 10
marcas de cortes com objetos
pontiagudos, todos na região do
tórax. Uma faca de cozinha e uma
espada foram encontradas no
quarto, segundo a perícia.
A polícia disse ainda que, após o
crime, Napolitano retornou à favela com seu Gol para trocá-lo por
55 papelotes de cocaína.
Pela manhã, a empregada Cleide acordou e chegou a preparar o
café. Ela teria sido atacada no andar térreo da casa. O corpo estava
no banheiro, próximo da cozinha.
"Havia marcas de arranhões no
pulso, o que indica que ela tentou
se defender", afirmou o delegado
José Vinciprova Sobrinho.
A mãe de Napolitano, Vera de
Macedo Pereira, não dormiu na
residência no dia do crime. Ela
encontrou os corpos quando chegou em casa, por volta de 14h. Vera é gerente de uma franquia da
lavanderia 5 à Sec.
Napolitano foi localizado na tarde de ontem, na própria favela da
rua Mauro, onde teria voltado
com um Vectrar da família para
trocá-lo por uma arma, segundo a
polícia. No porta-malas havia
uma cadeira de rodas. Até as 23h
de ontem, nenhum advogado havia chegado ao 27º DP, onde o estudante estava preso.
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