São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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VIOLÊNCIA

Segundo a polícia, estudante de 22 anos confessou crime e foi preso em favela onde teria trocado carro por cocaína

Rapaz é acusado de matar avó e empregada

DO "AGORA"

A polícia prendeu, na noite de ontem, o estudante Gustavo de Macedo Pereira Napolitano, 22 anos, acusado de matar a golpes de faca e espada a avó, Vera Kuhn Macedo, 73, e a empregada da casa, Cleide Ferreira da Silva, 20.
O crime aconteceu na própria casa da família, na Alameda dos Maruás, em Planalto Paulista, bairro de classe média da zona sul de São Paulo.
Segundo a polícia, Napolitano confessou o crime e disse que é usuário de cocaína. Ele teria começado a estudar direito este ano, mas desistiu. No ano que vem, ele começaria a cursar educação física. A polícia não forneceu os nomes das universidades.
De acordo com a polícia, por volta da meia-noite de sábado, Napolitano foi até a favela da rua Mauro, no Jabaquara (zona sul), com um aparelho de som, que teria trocado por cinco papelotes de cocaína. Ao voltar para casa, ele teria usado a droga e, em seguida, ido até o quarto da avó, no segundo andar da casa. A polícia acredita que Vera tenha sido morta dormindo, por volta de 1h30.
No corpo havia pelo menos 10 marcas de cortes com objetos pontiagudos, todos na região do tórax. Uma faca de cozinha e uma espada foram encontradas no quarto, segundo a perícia.
A polícia disse ainda que, após o crime, Napolitano retornou à favela com seu Gol para trocá-lo por 55 papelotes de cocaína.
Pela manhã, a empregada Cleide acordou e chegou a preparar o café. Ela teria sido atacada no andar térreo da casa. O corpo estava no banheiro, próximo da cozinha.
"Havia marcas de arranhões no pulso, o que indica que ela tentou se defender", afirmou o delegado José Vinciprova Sobrinho.
A mãe de Napolitano, Vera de Macedo Pereira, não dormiu na residência no dia do crime. Ela encontrou os corpos quando chegou em casa, por volta de 14h. Vera é gerente de uma franquia da lavanderia 5 à Sec.
Napolitano foi localizado na tarde de ontem, na própria favela da rua Mauro, onde teria voltado com um Vectrar da família para trocá-lo por uma arma, segundo a polícia. No porta-malas havia uma cadeira de rodas. Até as 23h de ontem, nenhum advogado havia chegado ao 27º DP, onde o estudante estava preso.


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