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Cratera terá "convivência sustentável"
DA REPORTAGEM LOCAL
Há alguns milhares de anos, um
meteoro caiu onde hoje é o extremo da zona sul de São Paulo.
O buraco formado, de cerca de
3,6 km de diâmetro, é chamado
de Cratera da Colônia e, apesar de
ser tombado pelo Condephaat
(órgão de defesa do patrimônio
histórico, artístico, arqueológico e
turístico do Estado), abrigar remanescentes de mata atlântica e
estar às margens da Billings, é o
lar de 5.000 famílias que vivem em
condições precárias, em favelas.
Mas, se o plano de prioridades
para a represa for colocado em
prática, a Cratera poderá se tornar
um exemplo de "convivência sustentável". Na parte mais central,
serão feitas a recuperação e a regularização das habitações. Em
torno dessa área, haverá uma unidade de conservação, que vai conter a ocupação e proteger a represa da pressão urbana. Rodeando e
garantindo tudo isso, uma faixa
de fiscalização permanente.
As ações nas áreas habitadas só
terão o efeito desejado e não servirão como fator indutor de ocupação, porém, se forem acompanhadas de políticas públicas que
contenham a expulsão de população do centro para as periferias,
diz Renato Tagnin, coordenador-geral do Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), que
também participou do seminário
Billings 2002.
(MV)
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