São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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Cratera terá "convivência sustentável"

DA REPORTAGEM LOCAL

Há alguns milhares de anos, um meteoro caiu onde hoje é o extremo da zona sul de São Paulo.
O buraco formado, de cerca de 3,6 km de diâmetro, é chamado de Cratera da Colônia e, apesar de ser tombado pelo Condephaat (órgão de defesa do patrimônio histórico, artístico, arqueológico e turístico do Estado), abrigar remanescentes de mata atlântica e estar às margens da Billings, é o lar de 5.000 famílias que vivem em condições precárias, em favelas.
Mas, se o plano de prioridades para a represa for colocado em prática, a Cratera poderá se tornar um exemplo de "convivência sustentável". Na parte mais central, serão feitas a recuperação e a regularização das habitações. Em torno dessa área, haverá uma unidade de conservação, que vai conter a ocupação e proteger a represa da pressão urbana. Rodeando e garantindo tudo isso, uma faixa de fiscalização permanente.
As ações nas áreas habitadas só terão o efeito desejado e não servirão como fator indutor de ocupação, porém, se forem acompanhadas de políticas públicas que contenham a expulsão de população do centro para as periferias, diz Renato Tagnin, coordenador-geral do Cades (Conselho Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), que também participou do seminário Billings 2002. (MV)


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