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SAÚDE
Unidade neonatal da Santa Casa de Uruguaiana também foi interditada; investiga-se a possibilidade de surto de infecção hospitalar
Após morte de bebês, UTI é fechada no RS
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
A Secretaria de Estado da Saúde
do Rio Grande do Sul investiga a
possibilidade de haver um surto
de infecção hospitalar em Uruguaiana (RS). O alarme foi dado a
partir da morte de oito recém-nascidos na Santa Casa de Caridade do município, que faz fronteira
com a Argentina. As mortes ocorreram nos últimos 30 dias.
A UTI pediátrica e a unidade
neonatal foram interditadas. Já se
sabe que pelo menos três mortes
foram causadas pela bactéria
Klebsiella -nas três situações,
constatou-se a infecção generalizada dos pacientes.
Outras duas crianças estão sendo tratadas em razão da mesma
bactéria. A Secretaria da Saúde
recolheu amostras de materiais
utilizados no hospital para identificar a real causa das mortes.
Em um primeiro momento, a
bactéria Klebsiella provoca infecções localizadas, como a respiratória. O germe vive em ambiente
úmido, como aparelhos de ar-condicionado. ""É comum haver
infecção hospitalar em hospitais.
O que preocupa mais é a possibilidade de haver um surto, o que
não é comum", afirmou o diretor
do Centro Estadual de Vigilância
Sanitária, Francisco Paz.
As primeiras medidas tomadas
foram desinfetar os equipamentos e reestruturar a UTI, além de
interditar a UTI pediátrica e a unidade neonatal -as unidades só
serão reabertas após vistoria.
As crianças e as parturientes de
risco estão sendo levadas desde
sexta para UTIs de Bagé, Pelotas,
Rio Grande e Cachoeira do Sul. A
UTI de Bagé é a que fica mais próxima -a 410 km de Uruguaiana.
Outro lado
A Agência Folha tentou durante
todo o dia de ontem falar com o
administrador da Santa Casa de
Caridade de Uruguaiana, José
Antônio Fagundes. A resposta da
secretária era de que ele não estava no hospital e que ligaria de volta, o que não ocorreu até o fechamento desta edição.
Londrina
As UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) neonatais
do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina
(PR) continuam interditadas por
contaminação por bactérias.
Fechadas desde o dia 17, as duas
unidades, no entanto, abrigam 16
bebês, sendo que seis deles estão
colonizados -estágio anterior à
contaminação- por bactérias. A
direção do hospital espera a contratação de funcionários para a
nova ala do hospital, que irá abrigar os bebês doentes. Só após a
transferência dos pacientes é que
o estabelecimento poderá fazer
uma desinfeção das unidades.
Colaborou JOSÉ MASCHIO, da Agência
Folha, em Londrina
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