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O secretário de Segurança Pública e ex-governador do Rio, Anthony Garotinho, disse ontem que pedirá à Assembléia Legislativa a aprovação do programa Linha Direta. Segundo ele, isso permitirá que processos contra policiais corruptos e violentos sejam concluídos em até seis meses.
"Os inquéritos atualmente demoram até quatro anos e alguns prescrevem ao ultrapassar o prazo máximo de cinco anos", disse.
Entre outras medidas, o programa transfere do governador do Estado para o secretário de Segurança a responsabilidade de demitir os policiais infratores. No mandato de Garotinho (1999 a abril de 2002), mais de 800 policiais chegaram a ser afastados, mas a maioria acabou reintegrada, por decisão da Justiça.
Outro projeto apresentado por Garotinho pretende instituir normas para o "comportamento ético" dos policiais. "Os comandantes dos batalhões e delegados serão orientados a fazer um acompanhamento rigoroso do comportamento e da evolução de bens dos policiais", afirmou.
Segundo o projeto, comandantes da PM e delegados da Polícia Civil teriam que identificar subordinados com sinais de riqueza incompatíveis com os vencimentos, fiscalizar o uso de armas de procedência duvidosa e impedir que policiais frequentem pontos de contravenção e prostituição.
Os policiais civis e militares ficariam proibidos de portar armas particulares mesmo fora de serviço, executar serviço policial em carros particulares, mudar de endereço ou utilizar telefone fixo ou móvel sem avisar previamente ao respectivo superior.


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