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"Fomos atacados primeiro", dizem PMs
Segundo versão policial, mortes aconteceram quando eles revidaram ataques; empresário afirma que não acobertou policiais
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos depoimentos que prestaram à Polícia Civil e à Justiça
Militar, o 2º Tenente Francisco
Carlos Laroca Júnior, Renato
Aparecido Russo, Alexandre de
Lima Costa e Marco Antônio
Pinheiro contaram sua versão
sobre o crime: ficaram sabendo
pelo rádio do seqüestro contra
o dono do Audi, encontraram o
veículo, o perseguiram e, quando tentavam prender os criminosos, foram atacados por eles
e, no revide, os mataram.
O empresário Rui Rodrigues
da Silva disse, na quarta, antes
de prestar o quinto depoimento à Corregedoria, que a versão
dos policiais sobre o seqüestro
que sofrera é verdadeira e que
nunca os acobertaria num crime. "Posso ter sido vítima justamente de quem achava que
estava me protegendo. Nunca
tinha visto esses PMs da Rota e
não os ajudaria num crime.
Também sou pai e não quero isso para o filho de ninguém."
A Corregedoria da PM informou ontem que os policiais,
dentro da apuração sobre a
possível fraude para forjar a
"resistência seguida de morte"
contra Jefferson Morgado Britto e José Feliz Ramalho, foram
presos durante dois dias, mas
hoje trabalham normalmente.
De acordo com o capitão
Marcelino Fernandes, nos próximos dias a investigação sobre
o caso será concluída e todos os
indícios serão enviados para o
promotor de Justiça Marcelo
Alexandre de Oliveira, que analisará um possível pedido de
prisão dos policiais e até do empresário Rui Rodrigues da Silva, suspeito de acobertá-los.
Na quinta-feira, a Folha procurou os quatro PMs na sede
do Comando de Policiamento
de Choque. O pedido de entrevista com os suspeitos foi feito
ao tenente-coronel Almir Ribeiro, que havia sido designado
pelo coronel Joviano Conceição Lima, chefe do destacamento militar, para atender a
reportagem na obtenção da
versão dos envolvidos.
Segundo o coronel Joviano,
nenhum dos quatro foi autorizado a se manifestar sobre as
mortes em Guarulhos e ele não
poderia falar por impedimentos hierárquicos.
(AC)
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