DA REPORTAGEM LOCAL

O geógrafo Marcos Ferreira, professor do Instituto de Geociências da Unicamp, defende que, além da continuidade das campanhas educativas e da ação dos órgãos de vigilância de saúde, sejam criados consórcios regionais para integrar municípios da região epidêmica no combate à doença.
"É engano acreditar que a dengue é uma doença municipal. É uma epidemia que mantém sua força devido ao tráfego viral humano, fruto da geografia econômica regional. Portanto, as ações devem ser integradas entre os poderes públicos."
O professor, que teve a dengue como tema de tese de livre-docência, diz que as cidades deveriam formular ações que incluam barreiras para verificação do transporte de mercadorias, para descobrir se há circulação de ovos e insetos.
Segundo ele, o homem também é um vetor da doença e contribui para a dispersão regional do vírus. "No interior de SP é comum pessoas residirem numa cidade, trabalharem em outra ou até estudarem em uma terceira." (AB)


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