São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Após deslizamento, RS e parte de SC ficam sem gás

Gasoduto Brasil-Bolívia foi atingido; houve explosão, mas ninguém se feriu

Estoque gaúcho deve durar de 24h a 48h; fornecimento foi interrompido em 80 postos de GNV e 140 indústrias de Santa Catarina

CATHARINA NAKASHIMA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
GUSTAVO HENNEMANN
DA AGÊNCIA FOLHA

Os temporais em Santa Catarina danificaram uma tubulação do gasoduto Brasil-Bolívia e deixaram parte do Estado e todo o Rio Grande do Sul sem gás natural. A causa foi um deslizamento de terra no município de Gaspar (140 km de Florianópolis). No momento do acidente, houve uma explosão, mas ninguém ficou ferido. As companhias distribuidoras dos Estados ainda trabalham com o gás que estava nos canos e com estoques operacionais. A Petrobras interrompeu temporariamente o abastecimento para fazer os reparos na tubulação, desde a madrugada de ontem. De acordo com a Sulgás, responsável pela comercialização e distribuição de gás natural canalizado no Rio Grande do Sul, há um plano de contingência, com redução de fornecimento do produto para a indústria, maior consumidora do gás natural, e automóveis, o segundo setor em consumo.

Estoque
Às 17h de ontem, a companhia suspendeu o fornecimento de gás natural para as indústrias. Casas e hospitais serão os últimos a terem o fornecimento reduzido. O estoque deve durar por um período de 24 a 48 horas, dependendo do consumo. Apenas a cidade de Uruguaiana, abastecida com gás argentino, não foi afetada. O consumo total de gás natural no Estado é de 1,5 milhão de metros cúbicos diários.

Santa Catarina
Em Santa Catarina, o rompimento do gasoduto cortou o fornecimento para 80 postos de GNV e aproximadamente 140 indústrias abastecidas pela SCGás (Companhia de Gás de Santa Catarina). "Com o gás que resta nos dutos, é possível manter o fornecimento das casas, hospitais e comércio por mais cinco dias, mas a indústria foi totalmente abalada e já parou de produzir", afirmou o presidente da SCGás, Ivan Ranzolin. A TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil) -subsidiária da Petrobras que opera o gasoduto e entrega o gás às distribuidoras- disse, por meio de nota, que mobilizou funcionários e equipamentos para reparar o gasoduto, mas não há prazo para restabelecer o fornecimento. Segundo o presidente da SCGás, técnicos sobrevoaram o local da ruptura e disseram que o acesso por terra ainda é muito difícil.

Colaborou RACHEL AÑON, da Agência Folha



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