São Paulo, quarta-feira, 25 de novembro de 2009

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LUCIA VALLE FIGUEIREDO COLLARILE
(1935-2009)


Ela se orgulhava das togas de magistrada e professora

ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

As duas togas enterradas anteontem em SP com Lucia Valle Figueiredo Collarile representam a realização de seus dois maiores sonhos de vida: ser uma grande magistrada e professora idem.
Nascida em Recife (PE) e filha de um advogado, ela veio ainda menina a São Paulo.
Aqui, estudou direito na USP.
Logo após se formar em 1957, trabalhou com Esther de Figueiredo Ferraz, que seria, nos anos 80, a primeira ministra mulher do país, ao assumir a pasta da Educação.
Depois de se casar com o advogado com quem teve seus quatro filhos, Lucia ficou um tempo sem trabalhar. Então, prestou exame e se tornou procuradora da Prefeitura de SP. Por um tempo, foi ainda assessora do Tribunal de Contas do Município.
Em 1982, passou em primeiro lugar no concurso para a Justiça Federal. Juíza com mestrado e doutorado pela PUC, foi também professora titular de direito administrativo e livre-docente, desde 1985, da mesma universidade.
Ultimamente, aposentada como desembargadora, prestava consultoria externa e dava aulas para mestrandos.
Autora de mais de dez livros sobre direito, como conta o filho Marcelo -que é procurador do Estado-, Lucia foi uma pessoa simples, humilde e que nunca usou os cargos em prol de si mesma. Também era muito autossuficiente e independente.
Viúva de um segundo casamento com um psicanalista, ela morreu anteontem, aos 74, após parada cardíaca. Deixa quatro filhos e cinco netos.

coluna.obituario@uol.com.br


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