São Paulo, quinta-feira, 25 de novembro de 2010

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Setor de turismo teme perda a médio prazo

DO RIO

O Rio precisará de ao menos três meses de campanha positiva para minimizar os danos de imagem causados pelos episódios de violência.
A avaliação é do superintendente-geral do Rio Convention & Visitors Bureau, Paulo Senise. Neste ano, a cidade deve registrar um número recorde de 220 eventos, o maior patamar desde 2000.
Para Senise, o efeito é maior sobre o turismo doméstico e sobre as viagens de incentivo de empresas.
Nos últimos meses, a cidade tem registrado taxas de ocupação da rede hoteleira superiores a 80%, o maior patamar verificado nos últimos dez anos.
O presidente da ABIH-RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-RJ), Alfredo Lopes, afirma que o Réveillon não será afetado, mas que, se a violência continuar no médio prazo, poderá haver impacto negativo nas reservas, inclusive no interior do Estado.
"O viajante fica preocupado de pegar a estrada, especialmente à noite", disse.
Para Leonel Rossi, diretor da Abav (Associação Brasileira de Agências de Viagens), eventuais efeitos só poderão ser percebidos no médio prazo.
De passagem pela cidade, disse que, apesar da onda de violência, procurou mais de dez hotéis na zona sul até encontrar vaga.

OLIMPÍADA
Sobre o possível impacto da onda de violência para os Jogos do Rio-2016, o porta-voz do Comitê Olímpico Internacional, Andrew Mitchell, disse que "segurança é um aspecto muito importante de quaisquer Jogos Olímpicos, não importa em que parte do mundo, e é uma prioridade para o COI".
"As medidas de segurança estão sob a responsabilidade dos governos. No passado, o Rio e o Brasil mostraram que são capazes de receber grandes eventos com segurança e temos plena confiança na capacidade das autoridades brasileiras de entregarem jogos seguros em um prazo de seis anos", afirmou Mitchell.
Segundo ele, o COI tem discutido a questão da segurança diretamente com a Rio 2016 e "expressa confiança de que haverá uma segurança adequada para os Jogos".


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