São Paulo, quarta, 25 de novembro de 1998

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Escola guardou 1ª bomba armada

da Sucursal do Rio

Quando os peritos do Esquadrão Anti-Bombas da Polícia Civil examinaram ontem o envelope colocado no carro da professora Maria de Fátima Pascarelli no mês passado, um susto: era uma bomba e estava pronta para explodir.
O "artefato" ficou guardado no Cefet. Antes da chegada dos peritos, ele foi manuseado por professores e jornalistas. "Achamos que era uma brincadeira. Não investigamos porque não pareceu necessário. A própria professora não quis", afirmou o diretor do Cefet, Marco Antônio Lucidi.
Os peritos desativaram a bomba. Para eles, a direção da escola foi irresponsável ao guardar o artefato sem avaliação técnica.
As duas bombas -a que explodiu ontem e a que foi desativada- eram semelhantes e tinham pólvora como conteúdo explosivo. Segundo o perito Valdemir Camargo, as duas eram simples e de fabricação caseira, mas feitas por alguém que tinha um bom conhecimento de explosivos.
A Cinap (Coordenadoria de Inteligência e Apoio Policial) está investigando a autoria da bomba. A direção do Cefet também abriu sindicância interna.
Maria de Fátima Pascarelli é casada e tem dois filhos. Sua família passou o dia ontem na porta do hospital Souza Aguiar, para onde ela foi levada, e estava revoltada.
"Alguém que deu 25 anos da vida ao ensino não merece esse presente de aposentadoria", disse Denise Pascarelli, cunhada da professora. (FE)



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