São Paulo, domingo, 25 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Conceito da reforma é visto com restrições

DA REDAÇÃO

O conceito da reforma do IPq do Hospital das Clínicas é vista com poucas restrições pelo Ministério da Saúde e criticada pelo fórum paulista do Movimento da Luta Antimanicomial.
O governo federal tem como política de saúde mental a substituição dos leitos psiquiátricos nos hospitais pelos CAPs (Centros de Atenção Psicossocial) -rede de atenção extra-hospitalar que ocupa o lugar da internação. Isso contrasta com a proposta do novo IPq, que irá dobrar os leitos após a sua reinauguração. De 1996 a 2004, a quantidade de leitos no país caiu de 72.514 para 44.653, segundo o Ministério da Saúde.
Alfredo Schechtman, coordenador substituto de Saúde Mental do Ministério da Saúde, afirma que não conhece em detalhes o conceito da reforma do IPq, mas que, de acordo com a visão do governo federal, "preferencialmente deve se construir uma rede de atenção nos hospitais gerais".
Schechtman diz que o aumento do número de leitos precisa ser visto em um aspecto mais amplo: "Se é uma instituição de excelência que está ampliando o número de leitos, eu não acho que é um ponto especialmente de atrito".
Já Patricia Villas-Bôas, do Movimento da Luta Antimanicomial, declara que o conceito da reforma vai na contramão do como o grupo entende a reforma psiquiátrica e da própria legislação. "A lei 10.216, de 6 de abril de 2001, preconiza a priorização da assistência em regime de não-internação", diz. (SOS)


Texto Anterior: Saúde: Instituto de Psiquiatria mira especialização
Próximo Texto: Estradas: Acidente com ônibus na Dutra mata três
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.