|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Conceito da reforma é visto com restrições
DA REDAÇÃO
O conceito da reforma do IPq
do Hospital das Clínicas é vista
com poucas restrições pelo Ministério da Saúde e criticada pelo
fórum paulista do Movimento da
Luta Antimanicomial.
O governo federal tem como
política de saúde mental a substituição dos leitos psiquiátricos nos
hospitais pelos CAPs (Centros de
Atenção Psicossocial) -rede de
atenção extra-hospitalar que ocupa o lugar da internação. Isso contrasta com a proposta do novo
IPq, que irá dobrar os leitos após a
sua reinauguração. De 1996 a
2004, a quantidade de leitos no
país caiu de 72.514 para 44.653, segundo o Ministério da Saúde.
Alfredo Schechtman, coordenador substituto de Saúde Mental
do Ministério da Saúde, afirma
que não conhece em detalhes o
conceito da reforma do IPq, mas
que, de acordo com a visão do governo federal, "preferencialmente
deve se construir uma rede de
atenção nos hospitais gerais".
Schechtman diz que o aumento
do número de leitos precisa ser
visto em um aspecto mais amplo:
"Se é uma instituição de excelência que está ampliando o número
de leitos, eu não acho que é um
ponto especialmente de atrito".
Já Patricia Villas-Bôas, do Movimento da Luta Antimanicomial,
declara que o conceito da reforma
vai na contramão do como o grupo entende a reforma psiquiátrica
e da própria legislação. "A lei
10.216, de 6 de abril de 2001, preconiza a priorização da assistência em regime de não-internação", diz.
(SOS)
Texto Anterior: Saúde: Instituto de Psiquiatria mira especialização Próximo Texto: Estradas: Acidente com ônibus na Dutra mata três Índice
|