São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

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Aeroportos registram movimento intenso, mas com atrasos menores

Até as 18h, 14,1% dos vôos estavam atrasados e 12,1% haviam sido cancelados no país

MARIA CAROLINA NOMURA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário dos dias anteriores, a situação nos aeroportos em São Paulo era de relativa tranqüilidade, apesar do intenso movimento já esperado para a véspera de Natal.
Segundo balanço da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária), até as 18h de ontem, dos 1.485 vôos previstos, 14,1% estavam atrasados e 12,1% haviam sido cancelados nos aeroportos do país.
Na terça-feira, um em cada quatro vôos ocorridos no país tinham atrasos superiores a 30 minutos, uma média de 27,6%.
Entre as grandes empresas, a Gol era a que tinha mais atrasos até as 18h: 20,9% dos vôos.
O metalúrgico Severino Ventoriano Júnior, 37, conta que só não perdeu o vôo porque ligou para a agência de viagens para confirmar o horário de chegada. "Era para sair às 16h do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, para Recife, mas adiantou para as 13h40."
A mesma sorte não teve o metalúrgico João Lopes, 33, que iria embarcar para Ilhéus (BA). Seu vôo, que estava previsto para as 14h20, foi adiantado para as 10h. "Como eu poderia saber? Ninguém me ligou para avisar. Agora, vão me colocar em um vôo para Porto Seguro e, de lá, vão me pagar um táxi até o meu destino final."

Embarque precipitado
Mas, entre atrasos e adiantamentos de vôos, funcionários da TAM admitiram que cometeram um "erro muito grave" ao embarcar uma menor sem a autorização dos pais.
M.B., 10, saiu de Londres no dia 23 com destino a Uberlândia (MG). Ela estava acompanhada da empresária Débora Oliveira, 35.
"Saí de Londres e ninguém me pediu autorização dos pais dela", conta Oliveira.
Contudo, ao tentarem fazer a conexão do vôo de São Paulo para Uberlândia, M.B. foi impedida de viajar porque não tinha a autorização dos pais.
Algumas horas depois, um funcionário da TAM disse à empresária que havia conseguido localizar a mãe de M.B. e que ela enviaria um fax à companhia autorizando a viagem da filha. Elas embarcaram por volta das 13h.
Maria Ângela Oliveira Silva, 49, mãe da menina, disse à Folha, por telefone, que não havia conversado com ninguém da TAM e que também não havia enviado um fax à companhia.
Por volta das 14h30, a reportagem entrou em contato novamente com Silva que informou que uma amiga havia enviado a autorização e que iria aguardar a filha no aeroporto.
A assessoria de imprensa da TAM disse que a menor embarcou depois que a autorização da mãe chegou via fax.


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