São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2002

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Secretário pede apoio à Polícia Federal

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, pediu apoio da Polícia Federal para estruturar sua "inteligência" policial contra sequestradores.
A solicitação foi feita em reunião com o secretário nacional de Segurança Pública, Pedro Alvarenga, em São Paulo, no primeiro contato entre Estado e União para a criação de uma força-tarefa.
O primeiro trabalho conjunto será a investigação da morte do prefeito sequestrado de Santo André, Celso Daniel. Apesar da divisão de informações prevista, os dois inquéritos, um na Polícia Civil e outro na Polícia Federal, correm separados e independentes.
"A Polícia Federal tem bons equipamentos e gente para rastrear telefones. Além disso, vamos precisar de informações de nível federal, como movimentação bancária", disse Saulo.
No ano passado, ocorreram 307 sequestros no Estado, segundo balanço parcial, contra 63 crimes desse tipo registrados em 2000.
Segundo Alvarenga, foram discutidos quatro temas na reunião: inteligência, capacitação dos policiais, técnicas e equipamentos que podem ajudar nas apurações.
"A orientação que tenho é apoiar o Estado de São Paulo assim que tiver disponibilidade de crédito e projetos [apresentados pelo Estado]", disse ele, sem precisar quando e quanto será liberado Fundo Nacional de Segurança.
Neste ano, o fundo terá menos dinheiro. Eram cerca de R$ 397 milhões no ano passado e, em 2002, serão R$ 340 milhões.
Também participaram da reunião o superintendente da Polícia Federal em São Paulo, Ariovaldo Peixoto dos Santos, o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, e o coronel Rui César Melo, comandante da PM.
A criação de uma força-tarefa havia sido pedida pelo governador Geraldo Alckmin ao presidente Fernando Henrique Cardoso, na segunda-feira.
Após a reunião, delegados federais se reuniram com policiais que investigam a morte de Celso Daniel.



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