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Secretário pede apoio à Polícia Federal
DA REPORTAGEM LOCAL
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, pediu apoio da
Polícia Federal para estruturar
sua "inteligência" policial contra
sequestradores.
A solicitação foi feita em reunião com o secretário nacional de
Segurança Pública, Pedro Alvarenga, em São Paulo, no primeiro
contato entre Estado e União para
a criação de uma força-tarefa.
O primeiro trabalho conjunto
será a investigação da morte do
prefeito sequestrado de Santo André, Celso Daniel. Apesar da divisão de informações prevista, os
dois inquéritos, um na Polícia Civil e outro na Polícia Federal, correm separados e independentes.
"A Polícia Federal tem bons
equipamentos e gente para rastrear telefones. Além disso, vamos
precisar de informações de nível
federal, como movimentação
bancária", disse Saulo.
No ano passado, ocorreram 307
sequestros no Estado, segundo
balanço parcial, contra 63 crimes
desse tipo registrados em 2000.
Segundo Alvarenga, foram discutidos quatro temas na reunião:
inteligência, capacitação dos policiais, técnicas e equipamentos
que podem ajudar nas apurações.
"A orientação que tenho é
apoiar o Estado de São Paulo assim que tiver disponibilidade de
crédito e projetos [apresentados
pelo Estado]", disse ele, sem precisar quando e quanto será liberado Fundo Nacional de Segurança.
Neste ano, o fundo terá menos
dinheiro. Eram cerca de R$ 397
milhões no ano passado e, em
2002, serão R$ 340 milhões.
Também participaram da reunião o superintendente da Polícia
Federal em São Paulo, Ariovaldo
Peixoto dos Santos, o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antonio Desgualdo, e o coronel Rui
César Melo, comandante da PM.
A criação de uma força-tarefa
havia sido pedida pelo governador Geraldo Alckmin ao presidente Fernando Henrique Cardoso, na segunda-feira.
Após a reunião, delegados federais se reuniram com policiais que
investigam a morte de Celso Daniel.
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