São Paulo, segunda-feira, 26 de janeiro de 2004

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VESTIDO DE SP

Vendedor de mapas diz que paulistanos são desorientados

Fernando Nogueira de Araújo, 60, acordou ontem e vestiu um mapa de São Paulo por cima da camiseta surrada. Abriu um buraco no papel, bem no miolo rico da cidade, e colocou a cabeça.
Migrante nordestino, Araújo disse que pretendia chegar a Santo Amaro (zona sul). "Hoje vou ser assassino daquilo que está me matando aos poucos. A saudade", disse. A saudade, dizia, era de dois amigos que conheceu em um cortiço em que viveu com a família nos anos 50, em Santo Amaro.
Araújo vive e trabalha no centro, vendendo mapas. Para ele, o paulistano é desorientado. Sempre busca alguma coisa sem saber que já a encontrou.
"Trabalho na Florêncio de Abreu. Às vezes o cidadão chega e, na rua, me pergunta assustado: "onde é a Florêncio de Abreu?'"



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