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Em sua posse, reitor da USP defende ensino a distância
Grandino Rodas enfrentou 1º
protesto de estudantes ontem
FÁBIO TAKAHASHI
DA REPORTAGEM LOCAL
O novo reitor da USP, João
Grandino Rodas, empossado
ontem, defendeu a utilização
do ensino a distância na universidade -a modalidade enfrenta
resistência na instituição.
"Qualquer universidade que
queira continuar como universidade precisa ter ênfase nos
meios modernos de tecnologia,
tanto no ensino presencial
quanto semipresencial", disse
ele, após cerimônia de posse, na
Sala São Paulo (centro).
A criação de curso a distância
na universidade foi uma das
críticas feitas em greve na USP
no ano passado. A alegação é
que a modalidade não tem a
mesma qualidade da presencial.
Uma licenciatura a distância
em ciências chegou a ter previsão de início para este ano, mas
foi suspensa em 2009.
Os professores envolvidos
reclamaram de ingerência da
gestão José Serra (PSDB) em
seu curso. Já os grevistas entenderam que a decisão foi tomada devido aos protestos. O
secretário de Ensino Superior,
Carlos Vogt, negocia com o novo reitor a retomada do projeto.
Rodas disse ontem que buscará recursos com bancos para
melhorar a infraestrutura da
instituição e também que a
USP deve integrar o Enade.
Em seu discurso, defendeu
maior diálogo na universidade.
Já enfrentou, porém, seu primeiro protesto como reitor:
cerca de 70 manifestantes, segundo contagem dos próprios
participantes, bloqueavam a
saída de carros do estacionamento da Sala São Paulo. A PM
contabilizou 40 pessoas.
Com faixas e apitos, protestavam contra a posse do novo
reitor e contra o aumento de tarifas do transporte público. Segundo os manifestantes, os policiais usaram cassetetes e
bombas de efeito moral. A PM
diz que não houve violência.
Três estudantes foram detidos e permaneciam na delegacia até ontem à noite.
A cerimônia, que lotou a Sala
São Paulo (capacidade para
1.400 pessoas), teve a presença
do prefeito de SP, Gilberto Kassab (DEM), secretários de Estado, deputados e ministros do
Supremo Tribunal Federal.
O clima formal foi quebrado
por alguns deslizes dos atores
Paulinho Vilhena e Thaila Ayala, que conduziram a cerimônia. Vilhena, por exemplo, teve
dificuldades para pronunciar
"arcebispo", ao anunciar a presença do cardeal dom Odilo
Scherer. Já Ayala disse que estava encerrado um culto ecumênico quando apenas um dos
convidados havia falado.
Colaboraram RICARDO WESTIN, da Reportagem Local, e a FOLHA ONLINE
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