São Paulo, terça, 26 de janeiro de 1999

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Antidrogas quer novas sugestões para lei

da Sucursal de Brasília

A Secretaria Nacional Antidrogas aproveitou um vácuo na discussão, pelo Senado, da nova lei de entorpecentes para tentar enviar novas sugestões quanto a prevenção, o tratamento, a fiscalização, o controle e a repressão de drogas ilícitas.
O "Diário Oficial" da União de ontem trouxe a nomeação de 16 pessoas que terão 40 dias de prazo para encaminhar à secretaria essas sugestões.
Elas serão encaminhadas depois para a Casa Militar da Presidência, para serem então avaliadas e referendadas pelo Conselho Nacional Antidrogas. Essas sugestões referendadas deverão ser encaminhadas aos senadores.
O Congresso vem discutindo uma atualização da lei em vigor, que data de 1976, há cerca de cinco anos. Atualmente, o projeto está parado para análise da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, a pedido do senador Eduardo Suplicy (PT-SP).

1º Fórum
A idéia de propor novas alterações no projeto nasceu no 1º Fórum Nacional Antidrogas, realizado em novembro passado em Brasília. Nele, representantes de organizações não-governamentais sugeriram que o governo atualizasse o projeto em discussão no Congresso, uma vez que houve mudanças significativas no trato da questão nos últimos anos.
A comissão foi formada pelo secretário Antidrogas, Wálter Maierovitch, e é composta por advogados, policiais, médicos e técnicos moradores em São Paulo.
Dos 16 integrantes, quatro pertencem à comissão que sugeriu alterações no Código Penal, trabalho ainda inconcluso.
A comissão será presidida pelo advogado Miguel Reale Júnior e se reunirá no Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo, local onde Maierovitch trabalhava como juiz antes de integrar o governo.

Paulistas
Segundo a secretaria Antidrogas, a idéia de montar a comissão com paulistas visou somente a economia, uma vez que não seria necessário gastar com passagens aéreas e diárias em Brasília, além de agilizar os trabalhos.


Integram a comissão: Miguel Reale Júnior (advogado), que a presidirá, Ada Pellegrini Grinover (advogada), Celso Luiz Limongi (desembargador do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo), Samuel Alves de Melo Júnior (juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo), Márcio Bártoli (presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), Renê Ariel Dotti (advogado), Antônio Scarance Fernandes (advogado), Vicente Greco Filho (advogado), David Teixeira de Azevedo (advogado), Iberê Bandeira de Mello Júnior (advogado, indicado pela OAB-SP), Jaques de Camargo Penteado (procurador de Justiça), Roberto Precioso Júnior (delegado da Polícia Federal), Jorge Miguel (delegado e diretor do Departamento de Narcóticos da Polícia Civil de São Paulo), Mônica Gorgulho (psicóloga), Arthur Guerra de Andrade (professor e médico psiquiatra) e Isabela Senise Simões de Abreu Schulz (bacharela)



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