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CRIME NOS EUA
Corpo de mulher foi encontrado em lata de lixo com sinais de tortura e violência sexual; dedos foram cortados
Assassino de brasileira é condenado à morte
DA REDAÇÃO
O americano Calvin Lamont
Parker, 33, foi condenado anteontem à morte pelo assassinato da
paulista Patrícia Ramos Gallego,
29, cujo corpo mutilado foi descoberto em uma lata de lixo na cidade de Carlsbad (Califórnia, EUA),
em agosto de 2000.
O juiz Michael Wellington, da
Suprema Corte de San Diego, negou o pedido da defesa de prisão
perpétua sem direito à liberdade
condicional e manteve a decisão
do júri de condenar Parker à pena
de morte por injeção letal.
Para o juiz, assim como para a
Promotoria, Parker "era obcecado pela vítima". De acordo com
Wellington, o crime foi motivado
por uma "combinação fatal de
amor, luxúria e fúria".
Parker, que foi condenado em
julho por assassinato em primeiro
grau sob circunstâncias especiais,
acusou seus advogados e os promotores de conspiração. A condenação por assassinato sob circunstâncias especiais no Estado
da Califórnia permite ao juiz sentenciar o réu à pena de morte.
Nesse tipo de sentença, os recursos são automáticos e devem
ocorrer no caso de Parker.
A Promotoria afirmou ainda
que Parker planejou cuidadosamente o assassinato de Gallego e
que ele tentou sacar dinheiro da
conta bancária dela após o crime.
Os advogados do americano argumentaram que a vida de Parker
deveria ser poupada devido à sua
infância traumática. Segundo a
defesa, Parker teria sofrido abusos psicológicos e sexuais. "Acho
que nunca saberemos o que levou
Parker a fazer o que fez", disse o
advogado Richard Gates.
Gallego e Parker se conheceram
em 1998, por meio de amigos, e
foram morar juntos em maio de
2000. Eles dividiam um apartamento próximo à Universidade
de San Diego. A brasileira, que
emigrou para os EUA em 1997,
trabalhava como garçonete no
Café Chloe, um restaurante de La
Jolla, subúrbio da cidade.
O corpo de Gallego foi encontrado por duas mulheres, enrolado em plástico, dentro de uma lata de lixo, em Carlsbad, a 48 km de
San Diego. Havia sinais de tortura
e violência sexual. No mesmo dia,
moradores de rua acharam os dedos da brasileira, em San Diego.
De acordo com a Promotoria, o
americano algemou, vendou e estuprou Gallego. Depois, a golpeou
na cabeça, cortou sua garganta,
drenou seu sangue na banheira e
arrancou os dedos dela.
Parker foi preso após terem sido
encontradas evidências que o ligavam ao crime. No dia seguinte à
morte, ele chegou a alugar uma
camionete para, segundo os investigadores, transportar e se desfazer do corpo. Também ligou para o trabalho de Gallego dizendo
que ela havia sofrido um acidente
e voltado para o Brasil.
Com as agências internacionais e o
"The San Diego Union-Tribune"
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