ESTÊVÃO BERTONI
DA REPORTAGEM LOCAL

No casarão de 50 cômodos dentro da propriedade chamada Vila Gebara, no Tatuapé, zona leste de SP, viveu boa parte da família de Margaret Gebara Sassine, uma Margaret sem "agá" no nome, como ela sempre ressaltava.
A casa tinha motivo para ser grande, pois comportava muita gente ao mesmo tempo. O pai, Said, decidira convocar todos os sete irmãos do Líbano para viver ali.
Aqui no Brasil, ele havia montado uma indústria têxtil. A garota cresceu na presença dos tios, primos, irmãos e de muitos funcionários estrangeiros. Como conta Lídia, uma das sobrinhas, eram cozinheiros franceses ou alemães, governantas inglesas e professores americanos.
Parte dos estudos começou em casa mesmo, onde ela passou a aprender piano, português, inglês e árabe. Caçula de seis irmãos, Margaret -a exemplo das irmãs- foi interna de um colégio em Piracicaba, no interior de SP, e depois se tornou professora de inglês -os dois homens viraram engenheiros.
Vibrava ao dar aulas, atividade que exerceu até o fim da vida. Oferecia cursos particulares em casa, mas chegou a ter uma escola. Foi ainda professora da União Cultural Brasil Estados Unidos.
Nas palavras da sobrinha, a tia era uma mulher bastante alegre e sociável, uma verdadeira relações-públicas. Viúva, morreu na terça (16), aos 89, de falência de órgãos. Deixa filho. Hoje será realizada uma missa, às 20h30, na Fellowship Church, na rua Carlos Sampaio, 107, em SP.

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