São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2011 |
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FLORICENO PAIXÃO (1919-2011) O deputado da lei do 13º salário ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO "No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus", diz o artigo primeiro da lei número 4.090, de 13 de julho de 1962. Assinada pelo presidente João Goulart, a lei que garante o 13º salário ao trabalhador brasileiro foi proposta por Floriceno Paixão, gaúcho da cidade de Taquara. Filho de plantadores de erva mate, Paixão formou-se em direito pela PUC de Porto Alegre. Depois, trabalhou como delegado do IAPI (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários). Foi incentivado a tentar a política. Em 1959, assumiu como deputado federal pelo PTB. Ao todo, teve cinco legislaturas: as três primeiras, até ser cassado pelos militares. Voltaria para mais duas, de 1983 a 1991, pelo PDT. Gostava de lembrar que não era o único pai da lei do 13º: dividia os créditos com o deputado Aarão Steinbruch. Também foi autor das leis para que os bancários não trabalhassem mais aos sábados e para a criação da loteria esportiva, com a finalidade de ajudar o esporte amador, lembra a filha Ana Maria. Foi dono da editora Síntese, onde lançou seus livros como "A Previdência Social em Perguntas e Respostas", com mais de 40 edições. Em 2001, vendeu o negócio. Desde os anos 90, era desiludido com a política. Não aguentou os lobistas batendo em sua porta, diz a filha. Há poucos anos, começou a sofrer de Alzheimer. Morreu anteontem, aos 91, após uma parada cardiorrespiratória. Deixa viúva, cinco filhos, 11 netos e oito bisnetos. coluna.obituario@uol.com.br Texto Anterior: Mortes Próximo Texto: Prefeitura de SP diminui taxa da inspeção veicular Índice | Comunicar Erros |
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