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Álcool e drogas ampliam risco
da Sucursal de Brasília
As campanhas de prevenção
à Aids vão ter mais uma preocupação ao escolher seu público-alvo: incluir pessoas que
abusam do álcool e de drogas
-mesmo as não-injetáveis.
Pesquisa feita pelo Proad
(Programa de Orientação e
Atendimento a Dependentes)
da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que
o consumo de álcool é uma das
principais causas da não-utilização de preservativo.
A conclusão corrobora estudos da faculdade de medicina
da Universidade de Wright State, em Ohio, EUA.
De acordo com a pesquisa
americana, 63% dos 366 adultos entrevistados não usam
preservativos quando fazem
sexo sob efeito do álcool.
Os estudos brasileiros apontam que, de 1.056 pacientes
com idade média de 26 anos,
60% não praticam sexo seguro
e culpam o álcool.
"Nesse grupo, 38% nunca
usaram droga injetável", diz
Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad.
O uso de drogas, mesmo as
não-injetáveis, também pode
facilitar a transmissão do HIV.
A conclusão é do Nepad (Núcleo de Estudos e Pesquisas em
Atenção ao Uso de Drogas), da
Universidade Estadual do Rio
de Janeiro.
O trabalho foi desenvolvido
entre 93 e 97, com 1.544 usuários de cocaína moradores de
favelas cariocas.
Foram aplicados testes para
detectar a presença do HIV em
1.369 desses usuários, sendo
que 1.223 deles apenas inalavam a droga e 146 a injetavam.
Dos que usavam a cocaína injetável, 15% tiveram testes positivos para o HIV. No grupo
dos que só inalavam a droga,
7% eram soropositivos.
"O que me assustou mais foi o
fato de haver 7% de infectados
entre 1.223 pessoas que não
usam seringa. Se o resultado
for comparado à taxa por mil
habitantes, vemos que a proporção entre quem cheira cocaína é maior", diz Paulo Telles, coordenador do trabalho.
O percentual de 7% equivale
a 85 soropositivos entre 1.223
usuários de droga. A incidência
na população geral no Brasil, é
de 100,5 casos por 100 mil habitantes. A pesquisa constatou
que 21% dos usuários de cocaína de modo não-injetável já haviam feito sexo para conseguir
dinheiro ou a droga.
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